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Angélico Vieira conduzia carro em "más condições"


Quarta, 11 de Setembro de 2019

A mãe do cantor Angélico Viei­ra, que morreu em 2011 na sequência de um acidente na A1, insistiu, ontem, em tribunal, que o automóvel era de um "stand" da Póvoa do Varzim e que estava em mau estado. Segundo a própria, o dono do "stand" nunca pediu para ser ressarcido pela destruição do carro, "porque tinha problemas de consciência, uma vez que o carro estava em más condições". "Ou então eu também teria de pedir o meu filho de volta", acrescentou Filomena Vieira Angélico, em resposta a questões que lhe foram colocadas no tribunal de Matosinhos.

A propriedade do BMW 635 envolvido no acidente, na altura dos factos, continua envolvida em polémica. Um dos donos do "stand" sempre disse que, à data do acidente, o carro já não lhe pertencia, mas o próprio Ministério Público (MP) defende que o responsável do "stand" e a ex-mulher forjaram o contrato de compra e venda do carro "à posteriori", para se eximirem a responsabilidades criminais.

Depondo no tribunal de Matosinhos, Filomena Vieira Angélico passou em revista a relação que o filho mantinha com o "stand" da Póvoa do Varzim, mas sempre em testemunho indirecto, apoiada no que o cantor lhe teria dito. Apesar de o processo-crime principal relativo ao acidente ter sido arquivado, vários outros processos foram desencadeados. E, no agora levado ao tribunal de Matosinhos, estão em causa os crimes de abuso de confiança qualificada e falsificação de documentos agravada, traduzidos na falsificação do contrato de compra e venda do BMW 635, por parte dos donos do "stand" da Póvoa de Varzim.

A mãe de Angélico, secunda­da pelo MP, acusa ainda os donos do "stand" de burla, ficando com outros carros que eram de facto do cantor, além do remanescente da venda de outra viatura de Angélico Vieira. Segundo o MP, os arguidos "quiseram afastar qualquer responsabilidade que pudesse recair sobre a sociedade pelo empréstimo do veículo sem seguro".

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