Castelo de Paiva espera variante à EN222 em obra já em 2025

O presidente da Câmara de Castelo de Paiva, José Rocha, disse hoje esperar empenho do Governo para que seja possível lançar em 2025 a obra da variante à EN222, prometida há mais de duas décadas. «É uma obra sobre a qual todos os paivenses têm muita expetativa. Espero que no ano de 2025 se possa iniciar», afirmou o autarca social-democrata, em declarações à agência Lusa.
O presidente da câmara falava depois de ter recebido no seu concelho, situado no norte do distrito de Aveiro, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, que visitou a feira de vinho verde que ali decorre até domingo. Também à Lusa, questionado sobre aquela acessibilidade rodoviária, o chefe do Governo disse esperar «ter o privilégio» de a inaugurar enquanto primeiro-ministro.
A variante à EN222 (primeira fase), na margem esquerda do rio Douro, foi concluída há cerca de 20 anos. Desde então, apesar dos protestos dos autarcas locais (socialistas e social-democratas) e das sucessivas promessas de governantes dos dois partidos, aguarda-se a construção da segunda fase, que vai assegurar a ligação do concelho à rede de autoestradas, na zona de Santa Maria da Feira.
O chefe do Governo disse «conhecer bem aquele dossier», por já ter sido deputado eleito por Aveiro, nomeadamente «a necessidade de, uma vez por todas, chegar à realidade» a variante à EN222. «É uma obra para a qual este município já fez tanto e já esperou tanto», admitiu, acompanhado do autarca local. Com projeto concluído, a consulta ambiental para a obra já foi também realizada, aguardando-se o próximo desenvolvimento, que é o lançamento do concurso público, o que depende do Ministério das Finanças.
O presidente da Câmara de Castelo de Paiva disse à Lusa que a tutela está empenhada na questão da variante à EN222. «Sei que o Governo está a trabalhar. Espero que, a breve trecho, possa ser uma realidade e possamos ter as máquinas no terreno para que a obra ajude Castelo de Paiva a estar mais próximo do litoral e da grande Área Metropolitana do Porto», referiu, sinalizando que esse avanço será “sempre uma grande ajuda para o desenvolvimento” de um concelho ainda muito deficitário em termos de acessos rodoviários.
«Estamos a aguardar e certamente que o Governo está a fazer o seu trabalho para que, a breve trecho, possa seguir para concurso», acrescentou. O autarca falou, também, do IC35, outra acessibilidade prometida há décadas, que vai aproximar Castelo de Paiva ao nó da A4, em Penafiel, onde também se localiza o principal hospital da região do Tâmega e Sousa. »Sabemos que esse dossier está a ser trabalhado pelo Governo. Temos a certeza que não cairá no esquecimento, porque no esquecimento já esteve vários anos. Isso não pode voltar a acontecer», defendeu o edil.