João Domingos resgata e conserva a beleza da cerâmica
Alusivo aos moliceiros da região de Aveiro, o painel com 15 anos de observações, que reveste a parede da entrada de casa de João Domingos, não deixa margem para dúvidas sobre o seu talento. A destreza manual sempre acompanhou este homem de 68 anos, mesmo depois de se aposentar em 2013 como professor de primeiro ciclo de Educação Visual e Tecnológica.
A preservação da olaria artesanal
O ensino direcionado às crianças foi basilar para o crescimento profissional de João Domingos. Nas salas de aula ajudava a recriar peças de cerâmica, sem recurso ao forno, apenas para ensinar aos estudantes as técnicas principais da arte milenar. Contudo, só em 1992 «é que aprendi a fazer moldes» e, a partir desse período, «nunca mais parei de tentar reproduzir ideias», proferiu o vaguense.
No cerne do espólio ceramista, as peças mais conhecidas são as mulheres gandarezas e a casa onde habitavam, que resultou na venda de mais de mil cópias. A inspiração em Bordallo Pinheiro também traduz a criação de peças em movimento, consideradas distintas das outras.
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