Cruz Vermelha mobiliza voluntários para ajudar
A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) mobilizou 100 colaboradores e voluntários para o apoio às autoridades no socorro às populações afetadas pelos incêndios, naquele que é o maior contingente dos últimos cinco anos, anunciou a instituição. Em comunicado enviado, a CVP referiu que os elementos foram mobilizados para diversas regiões de Portugal e vão prestar «apoio humanitário, médico e logístico» como resposta à emergência dos incêndios.
Entre os recursos mobilizados estão oficiais de saúde mental e apoio psicossocial (SMAPS), especializados em apoio a populações em crise; oficiais de ligação destacados em postos de comando; 46 técnicos de emergência médica distribuídos por 23 ambulâncias; equipas médicas para apoiar os cuidados do serviço de urgência básico de Águeda e a equipa nacional de resposta a desastres (que conta com drone para monitorização de incêndios e vigilância).
Foram também destacadas quatro viaturas de transporte múltiplo para evacuações e transporte de pessoas em risco; dois veículos de comando e comunicação para garantir a eficácia da rede de comunicação entre equipas de intervenção; e um abrigo temporário de emergência para receber populações deslocadas das regiões afetadas.
«As nossas principais prioridades são salvar vidas e apoiar as comunidades afetadas pelos incêndios», testemunhou o presidente da CVP, António Saraiva, acrescentando que «este é o maior esforço que empreendemos nos últimos cinco anos e estamos firmemente empenhados em continuar a oferecer o apoio necessário para ajudar as populações atingidas a superar esta calamidade. A CVP apela à solidariedade da sociedade civil e lembra que a colaboração de todos é crucial».
António Saraiva pediu, ainda, às populações para respeitarem as orientações das autoridades e seguir as recomendações de evacuação face ao risco dos incêndios, assegurando que a instituição está disponível para «intensificar a sua resposta conforme necessário».
O Governo alargou até amanhã a situação de alerta devido ao risco de incêndios, face às previsões meteorológicas, e anunciou a criação de uma equipa multidisciplinar para lidar com as consequências dos fogos dos últimos dias, coordenada pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida.