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Festival literário de Ovar celebra liberdade e conquistas de Abril

O concelho de Ovar recebe, entre hoje e domingo, o Festival Literário com um programa recheado de atividades. Celebrar a liberdade e as conquistas de Abril é o grande mote do território, levando até à população diferentes leituras

No ano em que se celebram cinco décadas do 25 de Abril, o concelho de Ovar vai receber, entre hoje e domingo, a 10.ª edição do Festival Literário (FLO) dedicado à liberdade e às conquistas de Abril. De canto em canto, muitos são os palcos que vão estar espalhados para acolher as cerca de 50 iniciativas pensadas para promover a literatura e literacia na cidade vareira. Entre oficinas, poesia, contos, exposições, teatro, música, visitas encenadas e apresentações de livros, os visitantes podem contar com um programa especial, sobretudo dedicado às crianças e às famílias.
De acordo Domingos Silva, presidente da Câmara de Ovar, «50 anos depois do 25 de Abril, que teve um papel fulcral no acesso à leitura, continuamos caminho, com o obje­tivo de aproximar escritores e leitores e de estimular a leitura e a criatividade em todas as idades, celebrando, juntos, a liberdade que Abril nos permite viver». Tendo em conta esta estra­tégia, o autarca menciona que o FLO «é um evento que dá no­torie­da­de ao concelho de O­var, trans­formando-o num pal­co de partilha e criatividade, num contexto cultural único e distin­tivo que cada vez mais leitores e escritores procuram», destacando a oferta variada pa­ra atrair mais pessoas. «Preparamos um programa eclético e plural que quer ser próximo das pessoas e com predicados para todos os públicos, mesmo os que não tenham hábitos de leitura tão enraizados», rematou o edil.
As atividades dirigidas às famílias são um dos grandes pilares do festival, transformando o concelho em apresentações de livros, mas também oficinas de ilustração e sessões de conto. As iniciativas concentram-se no sábado e domingo e privilegiam palcos ao ar livre, tais como Parque Ambiental do Buçaquinho, o Parque Urbano e o Jardim dos Campos. A juntar ao evento, decorrerão, em simultâneo, as Jornadas Literárias (Formação Creditada para Professores), de amanhã até sábado. As inscrições são obrigatórias, limitadas ao número de vagas e têm um custo de 10 euros.
Em antevisão, o Centro de Arte de Ovar (CAO) acolheu, no passado sábado, às 21 horas, a estreia nacional do filme “A Pedra Sonha Flor”, do realizador Rodrigo Areias, que foi rodado no concelho e conta com a participação da comunidade local. Desta forma, o FLO quer primar por experiências diferenciadoras, em que os leitores sejam os protagonistas das iniciativas, abrindo, sempre, espaço para o diálogo, a partilha e o convívio.
Num festival onde impera a palavra, esta tem de ser o centro de todas as prioridades, por isso, logo depois da abertura do FLO, hoje, às 21.15 horas, António Manuel Ribeiro, músico e vocalista da banda rock portuguesa UHF, e o arquiteto e escritor Manuel de Queiroz, com Bruno Henriques, cocriador da personagem satírica Jovem Conservador de Direita, no papel de moderador, juntam-se para dar o ponto de partida de um momento de conversa.
Em destaque vão estar, também, os cinco espetáculos sobre liberdade, entre os quais “Guião para um país possível”, de Sara Leitão Barros, a decorrer hoje, às 22.30 horas, no CAO. Amanhã e sexta-feira, o palco principal é o da Escola de Artes e Ofícios com “Poetas da Terra” e “Censurados: A Música que desafiou a ditadura”, por Rui David, ambos às 22.30 horas. No sábado, a proposta é “A Noi­te”, a primeira peça de teatro escrita por José Saramago. Um elenco de luxo que, entre outros, conta com Diogo Morgado, Jorge Cor­rula e João Didelet, estará em cena, no CAO, às 22.30 horas.
O encerramento do festival, no próximo domingo, não dei­xa passar a música e com ela regressa o aguardado concerto de Sangue Suor, às 18 horas, também no CAO, onde são convidados Surma e Ana Deus para um espetáculo único.

Setembro 18, 2024 . 09:13

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