Incêndio a leste de Arouca confina várias aldeias
Pelas 18 horas de ontem, a presidente da Câmara Municipal de Arouca, Margarida Belém, avançava ao Diário de Aveiro que o dispositivo de combate ao incêndio na zona leste do concelho já tinha sido «reforçado», mas vincava que «ainda não era suficiente» para controlar as chamas e começar a debelar o sinistro.
«Precisamos de mais meios», enfatizou, com nota de que permaneciam «três frentes ativas» e que os operacionais que tinham estado no combate estavam exaustos. Informou, ainda, que o reforço de meios incluiu um meio aéreo, mas que não pôde atuar devido ao fumo.
Este incêndio teve início na manhã da passada terça-feira, no concelho de Castro Daire, tendo entrado no território do lado leste de Arouca ao início da noite desse dia, flagelando as freguesias de Alvarenga, Covêlo de Paivó/Janarde e Canelas/Espiunca.
Ficaram confinadas as aldeias de Telhe, Covelo de Paivô, Meitriz, Regoufe, Silveiras, Vila Galega, Vila Nova, Santo António, Travessa, Várzeas, Vilarinho, Vila Cova e Serabigões”, tendo sido retirados os habitantes com mobilidade reduzida, que foram conduzidos para as residências de familiares.
A presidente Margarida Belém sublinhou, ao final da tarde, que o confinamento dessas localidades se mantinha, realçando que não se tinha verificado qualquer «situação grave» de ameaça à vida de pessoas.
A autarca explicou que os bombeiros, e outros operacionais no terreno, estavam a defender esses perímetros, pelo que - afirmou - os meios adicionais que reclama são necessários para o combate às chamas nas três frentes.
Na manhã de ontem, parte do troço de madeira dos Passadiços do Paiva estava a arder, com o governo local a dar nota que a secção que foi destruída foi a do extremo, junto à praia fluvial do Areínho.
A mancha verde do concelho agrava os riscos, pois, com 329,11 quilómetros quadrados, o território classificado como geoparque da UNESCO é composto em 85 por cento por área florestal.
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