Distrito de Aveiro sob aviso amarelo devido a aguaceiros e trovoada até às 21 horas
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prolongou hoje até às 21:00 o aviso amarelo devido a aguaceiros e trovoadas nos distritos de Aveiro, Braga, Porto e Viana do Castelo, estendendo-o a Bragança, Vila Real e Viseu.
De acordo com a informação disponível no ‘site’ do IPMA, estão agora sete distritos sob aviso amarelo, o menos grave, devido a “aguaceiros, por vezes fortes e acompanhados de trovoada”.
Em todos estes territórios, o aviso está em vigor até às 21:00.
O IPMA tinha colocado na quinta-feira os distritos de Aveiro, Braga, Porto e Viana do Castelo sob aviso amarelo devido à chuva e trovoada até às 15:00 de hoje.
O nível amarelo é emitido quando se prevê uma “situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica”.
Numa informação divulgada na quinta-feira na página da Internet, o instituto assinala que “a ocorrência de precipitação forte, nos próximos dias, em regiões que ficaram vulneráveis após os incêndios recentes, com a consequente perda de coberto vegetal, aumentam o risco associado a potenciais escorrências”.
Em causa está uma “depressão centrada a oeste do território do continente e de um vale depressionário em altitude com deslocamento para sul/sudoeste”, que leva a prever, para a tarde de hoje, “a ocorrência de aguaceiros dispersos, por vezes acompanhadas de trovoada e rajadas convectivas, sendo mais prováveis no interior”.
O IPMA lembra ainda que, na sequência “dos violentos incêndios foi gerada uma pluma de cinzas de enormes dimensões que, para além da expansão sobre o Atlântico, atingiu a zona norte da Península Ibérica, com impacto na qualidade do ar”.
“Com a rotação prevista do vento para o quadrante oeste durante o fim de semana, uma parte desta pluma a oeste do território continental irá ser advectada [deslocação de uma massa de ar no sentido horizontal] novamente para as regiões Norte e Centro”, descreve.
Tal pode “atingir o interior destas regiões e influenciar a qualidade do ar”.
Sete pessoas morreram e 177 ficaram feridas devido aos incêndios que atingiram desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país e destruíram dezenas de casas.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabiliza cinco mortos, excluindo do total dois civis que morreram de doença súbita.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 124 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam mais de 116 mil hectares, 93% da área atingida em todo o território nacional.
O Governo declarou a situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios dos últimos dias e hoje é dia de luto nacional.