Obras tentam suster as marés vivas e manter a circulação viária e pedonal
Ao segundo dia do ciclo de marés vivas, com efeitos durante, praticamente, toda a semana, foi evitada, desta vez, na passada quinta-feira e ontem, a inundação da Av. David Cristo, na margem direita do Canal das Pirâmides, em Aveiro, com a construção de uma barreira, constituindo uma intervenção promovida pela Câmara de Aveiro.
Sem a barreira, a circulação automóvel e a pé seria interrompida, como aconteceu na passada quarta-feira, entre a Marinha da Troncalhada e a Ponte de S. João, e sobre a ponte levadiça junto à comporta, durante o efeitos da maré, com a amplitude excecional que se verificou, até a maré começar a baixar. Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro, disse ontem ao Diário de Aveiro que a altura da maré, na preia-mar, na passada quinta-feira, foi «a mais alta dos últimos dez anos». Até final do ano, as marés vivas voltarão em finais deste mês e a meio de outubro e novembro, sem atingir a altura desta semana.
O plano
A câmara aveirense tem um plano para evitar que as marés vivas continuem a invadir espaços públicos, um fenómeno, aliás, conjugado com as alterações climáticas, apontadas como responsáveis pela subida dos oceanos, com efeitos, naturalmente, nas zonas do litoral, como acontece em Aveiro. Entretanto, a autarquia prepara «um conjunto de medidas» que serão anunciadas na próxima semana, disse ainda Ribau Esteves. Faz parte dessas medidas uma obra já anunciada, mas ainda não concretizada, de elevação do muro da antiga lota, por onde a água passa nas marés vivas, entre o antigo edifício e a ponte levadiça e comporta, mas também comunicado com valas de um canal junto ao salgado. Segundo Ribau Esteves, o que aconteceu nos últimos dias «acentua a premência de uma capacitação do sistema de defesa».
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