APA quer travar arrastamento de terras com cinzas para o rio
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) vai efetuar uma «intervenção de emergência» nas linhas de água que afluem ao Rio Vouga, colocando açudes de madeira para evitar o arrastamento de terras. Segundo avançou o presidente daquela entidade, «vamos fazer uma intervenção de emergência nas linhas de água que afluem ao Rio Vouga para controlar aquilo que é o arrastamento das chuvas das cinzas para a massa de água», revelou Pimenta Machado, em Faro, à margem da reunião da Sub-comissão Regional da Zona Sul da Comissão de Gestão de Albufeiras.
O presidente da APA adiantou que os técnicos da entidade estão no terreno, em conjunto com as câmaras de Albergaria-a-Velha, de Águeda e de Aveiro, para avaliar a realização dessa intervenção. O objetivo, frisou, passa por «minimizar aquilo que são as cinzas causadas pelos incêndios sobre a captação de água do Carvoeiro, que abastece toda a região de Aveiro».
A intervenção implica a colocação de «pequenos açudes de madeira para reter as cinzas», evitando que elas cheguem ao Vouga e alterem «aquilo que é a qualidade na captação de água no Carvoeiro», acrescentou Pimenta Machado.
O presidente da APA disse que as situações mais preocupantes nas captações de água serão alvo de intervenções de emergência, estando a ser efetuado «um trabalho de grande articulação com os municípios» relativamente a esta matéria.
Também à margem da reunião da Sub-comissão Regional da Zona Sul da Comissão de Gestão de Albufeiras, a ministra do Ambiente e Energia, Graça Carvalho, declarou que o seu ministério está a acompanhar «toda a parte de paisagem ambiental», com o levantamento da situação em parques e zonas protegidas e também a situação dos resíduos resultantes de incêndios nos leitos de água.
«A APA está a acompanhar de perto e o secretário de Estado do Ambiente faz parte daquela “task-force” daquele grupo que acompanha o ministro da Coesão [Territorial, Castro Almeida] para fazerem o levantamento de todos os equipamentos que precisam de uma intervenção urgente», apontou.