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Morreu o encenador Rogério de Carvalho, aos 88 anos

Setembro 22, 2024 . 17:20

Morreu o encenador Rogério de Carvalho, aos 88 anos

O encenador faleceu, esta madrugada, no Hospital Garcia da Horta, onde estava internado há já uma semana, após ter sofrido um acidente vascular cerebral

O encenador Rogério de Carvalho, de 88 manos, morreu hoje de madrugada no Hospital Garcia de Orta, em Almada, onde se encontrava internado desde domingo último, na sequência de um acidente vascular cerebral, disse à agência Lusa fonte da Companhia de Teatro de Almada.
Rogério de Carvalho dedicou grande parte da sua carreira de 60 anos no teatro a textos de dramaturgos como Jean Genet, Bernard-Marie Koltès, Rainer Werner Fassbinder, Howard Barker, Eugene O'Neill e Anton Tchekhov, sem esquecer clássicos como Molière e Gil Vicente, nem tão pouco origens do drama, de Platão a Eurípides.
Nascido em Gabela, Angola, Rogério de Carvalho iniciou a sua carreira ainda enquanto aluno do Conservatório Nacional de Lisboa, atual Escola Superior de Teatro e Cinema, na qual lecionou até 2007.
Breyten Breytenbach, Peter Handke, Arthur Schnitzler, Pierre de Marivaux foram outros dramaturgos que trouxe para os palcos portugueses.
Reconhecido pela exigência a que se impunha, Rogério de Carvalho foi distinguido com o Prémio Almada 2001 e com o Grande Prémio da Crítica em 2012, por espetáculos que dirigiu para as companhias Ensemble e 'As Boas Raparigas vão para o céu, as más para todo o lado', projeto teatral de que foi diretor artístico, criado no seio de uma nova geração de criadores da cidade do Porto.
Trabalhou regularmente com a Companhia de Teatro de Almada e com o Teatro Griot, o Teatro Oficina e A Escola da Noite, entre outras companhias, e dirigiu espectáculos para os teatros nacionais D. Maria II e São João.
Acompanhou a formação de sucessivas gerações de teatro universitário, em Braga e no Porto, destacando-se o seu trabalho com o Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra (TEUC), através da direção de peças como “O Sonho”, de August Strindberg, e “Oresteia”, de Ésquilo.

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