Especialidade de Urgência vai valorizar equipas mas não resolve todos os problemas
O vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina de Urgência e Emergência afirmou hoje que a criação da nova especialidade nessa área vai valorizar as equipas médicas, mas alertou que não resolverá todos os problemas das urgências.
Vítor Almeida refere que “O sentimento é de felicidade e de muita satisfação”, recordando que esta foi uma luta “travada ao longo de 20 anos” e que permitiu chegar agora a uma solução de “bom senso” do ponto de vista científico.
No entanto, o médico admitiu que existe o “realismo claro” de que a especialidade não vai, por si só, resolver o problema das urgências em Portugal, afirmando que “faz todo o sentido” atribuir essa especialidade a médicos que já trabalham nesta área, através do mecanismo que está previsto de “admissão por consenso”.
“A nossa opinião é que a especialidade tem de nascer com um número elevado já de médicos que existem no terreno”, defendeu Vítor Almeida, ao realçar também que a votação democrática nos órgãos da OM para a aprovação da especialidade foi o “caminho certo”.
Na prática, a formação de um médico interno em Medicina de Urgência e Emergência durará cinco anos, mas será possível ter novos especialistas mais cedo, através da “admissão por consenso”, que prevê a atribuição de uma determinada especialidade a um médico, com base em critérios predefinidos.