Bombeiros da Pampilhosa inauguram camarata feminina e apresentam nova viatura

No passado sábado, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Pampilhosa (AHBVP) inaugurou uma nova camarata e balneário para o contingente feminino, numa altura em que o quadro ativo é maioritariamente composto por mulheres.
Investiu cerca de 85 mil euros na criação das novas acomodações, tendo contado com o apoio da câmara municipal, que contribuiu com cerca de 64 mil euros para a obra.
A AHBVP ainda canalizou uma fatia do subsídio anual da autarquia, no valor de 20 mil euros, para ajudar a custear uma nova viatura de socorro e emergência, equipada com suporte básico de vida, que custou cerca de 60 mil euros, contando ainda com 29 mil euros provenientes das comissões de festas de S. João e de Santa Marinha (2023 e 2024). O remanescente foi custeado pelos cofres próprios .
Após a semana de destruição pelos fogos e pelo luto que trouxe ao país a festa foi contida na Pampilhosa.
Os voluntários quiseram marcar do Dia Internacional da Paz com uma homenagem aos camaradas que perderam a vida nos incêndios, mas também àqueles que vão ajudando a corporação. Os bombeiros que morreram nos incêndios da semana passada foram lembrados com emoção, um por um, com os gritos de «presente» a ecoarem na parada.
Seguiu-se a bênção da nova viatura e a visita às camaratas que vão ajudar a albergar a ala feminina da corporação, numa altura em que, dos 58 elementos do corpo ativo, 30 são mulheres. «Era uma grande necessidade que tínhamos», sublinhou o comandante João Marques, assinalando que o número de elementos femininos está a crescer e que o espaço a elas destinado «já começa a ficar pequeno, de novo».
Rogério Silva, o presidente da Associação Humanitária, salientou que «foi um dia muito especial», também «de reconhecimento» a quem tem ajudado a corporação. Destacou «a autarquia e as comissões de festas», cujo contributo – disse – permitiu que a instituição fizesse «estes investimentos tão importantes».
O presidente da Câmara Municipal da Mealhada, António Jorge Franco, considerou a «cerimónia emotiva, mas muito feliz», mostrou que «os bombeiros renascem das cinzas, não desistem e perante as adversidades criam ainda força para fazerem este tipo de investimentos». O autarca vincou que governo local e comunidade devem «estar sempre ao lado deste altruísmo, abnegação e coragem», contribuindo «para que tenham as melhores condições para prestarem a sua missão».