«Regressar ao basquetebol é uma questão de tempo!»
Diário de Aveiro: Como é que surgiu o basquetebol na sua vida?
Costa Dias: Começou aos 11 anos, muito antes de começar a treinar. Eu, como atleta federado, pratiquei praticamente todos os desportos, exceto hóquei em patins, porque calcei os patins pela primeira vez, caí e vi logo que aquilo não era para mim. Mas eu sempre gostei muito de praticar desporto. Pratiquei, por exemplo, natação, andebol, futebol no Beira-Mar até aos juniores, fiz rugby e corfebol na Universidade e sempre gostei imenso de jogar voleibol na praia. Além disto, tive um treinador, o Carlos Bio, que me meteu o “bichinho” do basquete. Eu era fantástico nos infantis e nos iniciados, porque, basicamente, já tinha o corpo que tenho hoje e tinha, por isso, uma grande vantagem sobre o resto da rapaziada. Fui até aos seniores, passei pelo Galitos, Illiabum…
Quando é que começou a treinar?
Em 1985 abriu, em Aveiro, o primeiro curso para treinadores. O Galitos, através do meu amigo Rui Diniz, já me tinha desafiado e acabei por ser o mais jovem em Portugal a tirar o curso, com dezoito anos. Tirei o curso com Jorge Caetano, o Aniceto Carmo, o Alberto Babo e outra malta. Fiquei no feminino do Galitos até me casar. Cheguei a coordenador do clube e fui treinador da geração de jogadores como o Tó Benjamim e o Daniel Cruzeiro, por exemplo. Esta equipa, que viria a passar para o Francisco Calão, era fantástica e formada por jogadores que começaram connosco quando eram minis. Depois, estive muitos anos sem estar ligado ao basquete, até que fui convidado pelo CENAP. Foram, igualmente, bons tempos. Tínhamos uma equipa giríssima. Não ganhávamos um “caroço”, mas divertíamo-nos. Como moro perto (Paço), mantive-me por ali. Lembro-me de um jogo com o FC Porto, em que o meu objetivo era não “apanhar cem”. Era uma tarefa difícil, até porque a quatro ou cinco minutos do fim, o Porto já ia com cerca de 90 pontos marcados. O que é que podíamos fazer para conseguirmos o nosso objetivo? Passámos a trocar a bola entre nós e só fugíamos deles! O jogo ficou nos 99, levámos uma “cabazada”, mas fizemos uma festa!
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