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Danos dos incêndios vão ser apoiados em velocidade máxima

Na sequência dos prejuízos causados pelos incêndios, o ministro da Agricultura visitou, ontem, locais afetados. As rações para animais terão «apoio prioritário»

No interior de Pessegueiro do Vouga, ao contrário do que aconteceu na semana em que o município de Sever do Vouga foi assolado pelo flagelo dos incêndios, a chuva da tarde de ontem não dava tréguas e os terrenos ainda rescaldavam da tragédia. Sem contabilizar a totalidade de prejuízos, o ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, e o presidente da Câmara Municipal de Sever do Vouga, Pedro Lobo, visitaram lugares afetados, como uma exploração agrícola de mirtilos e um aviário.

Levantamento de prejuízos
Com um aspeto visivelmente transtornado e ciente da falta de meios para combater as chamas, Pedro Lobo voltou a frisar que o território «atravessou as “passas do Algarve”». Sem meios disponíveis, autoridade para intervir nos terrenos e falta de dinheiro, a autarquia «não conseguiu fazer melhor para proteger o município», referiu o edil, salientando ser «fundamental fazer a manutenção dos caminhos agrícolas» e pensar «num modelo de gestão de combate aos fogos». Para ele, a existência de políticas claras pode ser essencial para prevenir o flagelo, sendo que «as pessoas não podem ter só direitos, mas também obrigações», uma vez que a câmara não consegue chegar a todos os terrenos locais.
Numa plantação de mirtilos destruída, José Manuel Fernandes garantiu que «o Governo vai atuar com força e numa velocidade máxima», ao anunciar que as decisões do Conselho de Ministros «ficarão públicas na próxima quinta-feira». Assim sendo, prevê apoios para alfaias agrícolas e capacidade produtiva, sendo que as rações para os animais serão «o apoio prioritário», «considero inaceitável que o Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER) não possa apoiar os agricultores em rações para animais numa situação destas».
Ao ser interpelado sobre o anúncio do Governo referente aos 500 milhões de euros anunciados por Bruxelas para atenuar os prejuízos causados pelos incêndios, o ministro da Agricultura garantiu ser necessário «alterar o regulamento», assim como acontece em outras situações.

 

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