Líbano vive "período mais mortífero de uma geração"
A ONU advertiu hoje que o Líbano, alvo de bombardeamentos israelitas, está a atravessar o “período mais mortífero de uma geração” e que o setor da saúde está “completamente sobrecarregado”.
O coordenador humanitário da ONU para o Líbano, Imran Riza, citado pela agência francesa AFP adiantou:
“E muitos temem que isto seja apenas o começo”
Numa teleconferência a partir de Beirute, Imran Riza disse que o número de pessoas deslocadas internamente ultrapassou as 200.000.
Até segunda-feira, 110.000 pessoas foram deslocadas em consequência da explosão simultânea, em diferentes partes do país, de milhares de aparelhos de comunicação ligados a membros do grupo fundamentalista xiita Hezbollah.
Desde segunda-feira, com o início dos bombardeamentos israelitas no Líbano, pelo menos mais 118.000 pessoas foram deslocadas, referiu a ONU, segundo a agência espanhola EFE.
“Por isso, duplicámos o número e há agora mais de 200.000 pessoas deslocadas”, disse o representante da agência que coordena a assistência humanitária através dos canais da ONU e das organizações civis com que trabalha.
Imran Riza disse que um dos problemas mais urgentes é o tratamento dos feridos, uma vez que o sistema de saúde atingiu um ponto de quase colapso após as explosões de meios de comunicação do Hezbollah na semana passada.
As explosões causaram milhares de feridos, exigindo a utilização de praticamente todo o material médico disponível.