Culturas em convívio para gerar a paz
A Interculturalidade instalou-se ontem, na Praça do Rossio, em Aveiro, no âmbito da edição deste ano do festival que, até domingo, assume a cidade como «um palco aberto, onde cidadãos do mundo, de diferentes culturas, se interligam com a comunidade local».
Paula Hipólito, diretora-geral da Casa Vera Cruz, que está na organização, apontou o grande objetivo do conjunto de eventos, realizados e programados: «que haja um salutar convívio entre os migrantes e os aveirenses, para que se conheçam e vivam em paz», sublinhou.
A responsável realçou que a centralidade do Rossio garantia um domingo animado e enfatizou a qualidade do programa, feito de eventos e de animação a pedir participantes e público. O dia de ontem incluiu muita música, venda de artesanato e produtos de vários países e um «convívio» intercultural a proclamar que «somos todos pessoas!», independentemente da nossa origem.
As ucranianas Nataliia Halitsciska e Julia Makarets estavam numa banca a vender os seus trabalhos manuais, em concreto bonecas de pano tradicionais, flores, bandeiras e até uma peça feita do que foi uma bala, mas que agora serve para colocar uma flor ou algo de belo.
Amigas que se conheceram num curso de língua portuguesa, vieram ao Festival da Interculturalidade com “a bandeira” do seu país, em luta pela manutenção da sua existência política e cultural. A receita que angariarem seguirá para «a Brigada 67» do exército ucraniano, onde, precisamente, serve um amigo de Julia, visando a compra de 40 computadores.
Duas crianças que as acompanharam também fizeram, ontem, parte da vertente cultural do programa dominical, com declamação e apresentação de poesia ucraniana.
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