PM assegura que Governo não quer eleições antecipadas
O primeiro-ministro assegurou hoje que o Governo não quer eleições antecipadas, mas considerou que se acontecerem, os portugueses perceberão quem se esconde “atrás de convicções e vitimizações” para as provocar.
“Temos de garantir a aprovação do Orçamento do Estado do próximo ano, o interesse nacional assim o exige, o contexto nacional assim o impõe, o sentido de Estado assim o determina. Os portugueses não compreenderão cenário diferente”, afirmou Luís Montenegro na sua intervenção inicial na Assembleia da República.
O tema do Orçamento do Estado surgiu apenas no final da intervenção de Luís Montenegro, centrada no balanço dos seis meses do Governo PSD/CDS-PP e nos recentes incêndios a uma semana da entrega do documento na Assembleia da República.
Após o debate, Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos vão reunir-se pela segunda vez no âmbito das negociações do Orçamento do Estado para 2025, na residência oficial do primeiro-ministro.
Na sexta-feira passada, o primeiro-ministro e o secretário-geral do PS reuniram-se pela primeira vez para negociar o Orçamento do Estado para 2025, num encontro que terminou com posições aparentemente distantes mas sem rutura do processo negocial.
Nessa ocasião, após o final da reunião, o secretário-geral do PS afirmou que recusa um Orçamento do Estado com as alterações ao IRS Jovem e IRC propostas pelo Governo ou qualquer modelação dessas medidas.
Em alternativa, Pedro Nuno Santos defende que a margem orçamental destinada ao IRS Jovem seja aplicada em investimento público para habitação da classe média, num aumento extraordinário de pensões e num regime de exclusividade para médicos no SNS.
No encerramento das jornadas parlamentares conjuntas PSD/CDS-PP, o primeiro-ministro afirmou que iria apresentar uma proposta que classificou de irrecusável, à luz de princípios como o interesse nacional, a boa-fé ou a responsabilidade.