Sinais vitais da Terra entram em fase "crítica e imprevisível"
O agravamento dos sinais vitais da terra indica uma nova fase “crítica e imprevisível” da crise climática, que precisa de uma ação decisiva e rápida, concluíram cientistas de um consórcio internacional liderado pela Universidade de Oregon (EUA).
“Estamos à beira de um desastre climático irreversível”, afirmaram os investigadores num relatório anual sobre o estado do clima, publicado hoje na BioScience.
Apesar dos avisos e das consequências que foi possível prever no último meio século, as emissões de combustíveis fósseis aumentaram para “um recorde histórico”, referiram no documento.
Os cientistas sublinharam que os três dias mais quentes ocorreram em julho deste ano e que as atuais políticas estão a conduzir a Terra a um pico de aquecimento de aproximadamente 2,7 graus Celsius até 2100.
“Tragicamente, estamos a falhar em evitar impactos sérios (…) Trouxemos o planeta a condições climáticas nunca testemunhadas por nós ou pelos nossos antepassados”, alertaram.
A equipa, dirigida por William Ripple, da Oregon State University, identifica as áreas em que são necessárias mudanças: energia, poluentes, natureza, alimentação e economia.