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Portugal revela atraso nos Cuidados Paliativos

Em Portugal, «o progresso nos Cuidados Paliativos está muito atrasado» quando comparado com os restantes países desenvolvidos, afirmou Margarida França, da ULS Região de Aveiro

Universidade de Aveiro (UA) recebeu, ontem, a abertura do XI Congresso Nacional de Cuidados Paliativos e o II Congresso Internacional da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP). No edifício central e da reitoria, o Auditório Renato Araújo reuniu centenas de pessoas e seis oradores, entre eles Cândida Cancelinha, vice-presidente da AP­CP; Margarida França, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV); Bárbara Antunes, presidente da Comissão Científica; Artur Silva, vice-reitor da UA; Teresa Grancho, vereadora da Câmara Municipal de Aveiro; e Rui Silva, presidente da Comissão Nacional de Cuidados Paliativos.
Sob o mote “Integrar cuidados, consolidar pontes», ambas as iniciativas, a decorrerem até amanhã, visam oferecer oportunidades de aprendizagem a especialistas nacionais e internacionais, bem como aos «do­entes e respetivas famílias», assegurou a presidente da Comissão Científica.
Em Portugal, «o progresso nos Cuidados Paliativos está muito atrasado» quando comparado com os restantes países desenvolvidos, afirmou Margarida França, acrescentando que, «se existissem mais recursos, a primeira coisa a fazer seria aumentar o número de camas». Para a responsável, os profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) «não têm dado importância» a esta área médica, por isso, «todo o investimento ficou aquém do necessário», informou, dizendo que na Unida­de Local de Saúde da Região de Aveiro «existe um servi­ço criado de cuidados paliativos».
Na ausência do presidente da autarquia, a vereadora da Ação Social discursou que é necessário «cuidar com um brilho no olhar», potenciando outra linguagem aos doentes. É importante «cuidar da vida, do tempo e da alma», expressou a edil, acrescentando que a abertura dos congressos serviu para «trazer esperança».
Ao longo de hoje e amanhã , a cidade de Aveiro vai receber aproximadamente 450 profissionais, incluindo paliativistas, oncologistas, cardiologistas, psiquiatras, entre outros. Contudo, na sessão de ontem, a homenagem foi para o professor Pedro Lopes Ferreira em virtude do contributo prestado aos Cuidados Paliativos.
No cerne das políticas de saú­de, «o objetivo comum tem sido dar voz às pessoas e integrá-las nas decisões tomadas», garantiu o docente, salientando que «podemos não esperar melhoras na saúde dos doentes, mas existe sempre espaço para o crescimento da qualidade de vida», defendeu.

Outubro 11, 2024 . 08:45

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