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Museu do Design expõe percurso centenário de 500 peças

A inauguração da exposição “Para que servem as coisas?” está marcada para quinta-feira, às 19:00, e a abertura ao público para sexta-feira

Uma exposição com um percurso centenário de 500 peças da coleção do Museu do Design (MUDE), metade inéditas, como uma coletânea de Bordalo Pinheiro e o carrossel restaurado da antiga Loja da Rampa, é inaugurada na quinta-feira, neste museu de Lisboa.

A exposição, de longa duração, tem o design português em destaque em diálogo com peças estrangeiras, atravessa os anos de 1900 a 2020, e o seu título tem a forma de pergunta lançada aos visitantes: “Para que servem as coisas?”.

Esta mostra faz a releitura da história do design e do seu património, procurando criar diálogos ao longo do tempo, através de 19 núcleos expositivos, para perceber como os objetos transformaram ou refletiram a sua época, contribuindo para futuros que, nessa altura, se perspetivaram”, explicou hoje a diretora do MUDE, Bárbara Coutinho, numa visita para jornalistas.

Ao todo, são 500 peças que correm a diversidade do acervo do museu, quase metade nunca exibidas publicamente, entre peças de design de produto, moda e design gráfico, materiais de cena e joalharia contemporânea, de autores de diferentes gerações e proveniências.

Entre as obras inéditas encontra-se a coletânea ilustrada de oito volumes de Bordalo Pinheiro “Paródia Comédia Portuguesa”, do início do século XX, e o carrossel em madeira dos anos 1950 que se encontrava no interior da antiga Loja da Rampa, em Lisboa, “um exemplo de resgate, restauro e preservação” realizado há quatro anos, segundo Bárbara Coutinho.

Esta peça icónica do arquiteto Francisco da Conceição Silva foi doada ao museu em 2020, “e definia a espacialidade do piso superior da loja, visível da rua através da grande montra de vidro”, recordou, sobre o carrossel de grandes dimensões considerado parte do património histórico e cultural de Lisboa.

Para Bárbara Coutinho, o título da nova exposição de longa duração também tem como finalidade interpelar a sociedade sobre “a necessidade de se debater mais o decrescimento económico”.

De acordo com a responsável, desde a reabertura, em julho deste ano, o MUDE recebeu até hoje 36.293 visitantes.

Outras peças inéditas que os visitantes poderão ver em "Para que servem as coisas?” são um expositor modernista em madeira, criado por Vitor Palla & Bento de Almeida (1956) para um cabeleireiro no Chiado, a mobília de quarto da pintora portuguesa Maria Keil (1914-2012), e uma dezena de chapéus selecionados da coleção com uma centena à guarda do MUDE, provenientes de vários colecionadores, incluindo adereços de cena do antigo Teatro da Cornucópia.

De design estrangeiro estão representados, entre outros, um espelho em moldura de ferro forjado de Gilbert Pillerat (1948), a reedição de peças em tecido de professoras da escola de arte vanguardista alemã Bauhaus, Gunta Stultzl e Otti Berger, e ainda dezenas de peças de moda, mobiliário e fotografia.

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