No mundo dos gigantes, os pequenos também têm lugar
Condenados a viverem no mundo dos gigantes, carregado de condições inacessíveis, os mais pequenos continuam a sonhar e alcançar a mudança, onde a inclusão já não é tema. Entre as cerca de 700 pessoas com displasias ósseas em Portugal, Bernardino Pinho, operário na Nestlé, e Francisco Reimão, trabalhador da empresa Cavalinho, são casos de sucesso.
Amanhã assinala-se o Dia do Combate ao Preconceito Contra as Pessoas com Nanismo, e o Diário de Aveiro dá-lhe a conhecer a história de vida destes homens e a reflexão sobre a mudança de alguns comportamentos.
A infância e a luta pela inclusão
Ser pequeno no mundo das coisas enormes não significa que os sonhos sejam inválidos, mas, se os poucos gestos são difíceis de concretizarem, existe quem se alongue para chegar até eles.
Bernardino Pinho, natural de Válega, no freguesia do município de Ovar, é o grande exemplo da transformação, após ser o primeiro anão da sua geração a iniciar um processo de tratamento que permitiu alongar os ossos das pernas e dos braços, denominado Método De Bastiani, nome do médico que o descobriu e aplicou pela primeira vez no ano de 1985. Nos primeiros dias de vida do valeguense, a mãe detetou de imediato a diferença corporal, não fosse assistente médica no Hospital Dr. Francisco Zagalo, em Ovar, e tivesse anos de experiência. As dúvidas começaram a surgir e os alertas também, devido ao grande tamanho da cabeça (macrocefalia) quando comparada com a de outros bebés, e dedos curtos e grossos.
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