Estratégia Turismo 2035 constrói-se em Aveiro
O presidente do Turismo de Portugal (TP), Carlos Abade, apresenta em Aveiro, no próximo dia 11, a comunicação “Estratégia 2035: os desafios do setor”, enquanto está em curso a preparação da “Estratégia de Turismo 2035”, promovida pelo TP, tutelado pelo Ministério da Economia, responsável pela promoção, valorização e sustentabilidade da atividade.
O processo de construção desta nova “Estratégia”, que sucede à “Estratégia Turismo 2027”, inclui um ciclo de conferências nas regiões de turismo, sendo a de Aveiro a sexta, todas sob o tema “Construir o turismo do futuro”, sendo apenas diferentes, em cada uma, os convidados locais, e tendo em comum as participações do presidente do TP e do secretário de Estado, Pedro Machado.
Os novos desafios
A nova “Estratégia” pretende constituir-se como «um novo referencial estratégico para o turismo em Portugal, permitindo enfrentar os novos desafios, com a colaboração dos parceiros públicos e privados».
Na conferência de Aveiro, que tem início às 9.30 horas, no Centro Cultural e de Congressos, participam, além de Carlos Abade e Pedro Machado, Carlos Costa, da Universidade de Aveiro; Célia Gonçalves, das Aldeias de Montanha; Alexandre Marto, da Fátima Hotels; Pedro Pedrosa, da A2Z; Elsa Marçal, do Convento da Sertã; e Ana Jacinto, secretária-geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP).
O painel de abertura dos trabalhos conta com Pedro Machado, que também encerra o evento; Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro; Raul Almeida, presidente da Turismo Centro de Portugal; e Jorge Brandão, vogal executivo do Portugal 2030. Haverá um período dedicado à participação pública, sendo que as inscrições para o evento estão abertas.
27 mil milhões de euros
Até final deste ano, o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, espera que o setor consiga gerar uma receita de 27 mil milhões de euros, como afirmou no recente congresso da AHRESP, realizado na cidade de Aveiro.
O governante disse que o setor «merece da tutela decisões substanciais e ser apoiado», porque é um «acelerador da coesão territorial», defendendo melhores condições às empresas, designadamente no «alívio da carga fiscal, para as empresas libertarem recursos e desenvolverem mais atividade».
Também considerou importante a atração de jovens para o setor – admitindo dificuldades no recrutamento de recursos humanos para as profissões nas áreas da restauração e hotelaria, uma questão muito debatida durante o congresso.
A internacionalização das empresas, o reforço da marca Portugal, a criação de um observatório gastronómico europeu e da «melhor escola de gastronomia do mundo», sendo que o país tem «os ingredientes necessários para o desafio», foram outras ideias lançadas.
«Não há turistas a mais»
Sobre uma questão também muito debatida, Pedro Machado defende que «Portugal não tem turistas a mais», valorizando a sua vinda, que gera valores significativos de faturação e com impactos em todas as atividades da economia.
A TP considera que «se o turismo pode ser uma força para o bem, há que transformar este setor essencial da economia num pilar cada vez mais importante para o desenvolvimento sustentável e equilibrado do país». A entidade regional não quer «perder autenticidade do destino» e considera um quadro de «escassez de recursos humanos, tecnologias disruptivas e a premência da sustentabilidade em todas as suas facetas»