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Câmara de Aveiro encaixou 9,6 milhões com leilão de cais para moliceiros turísticos

Em concurso estavam 27 lugares de atracação para moliceiros e mercantéis, correspondentes a 10 cais

A Câmara de Aveiro arrecadou hoje 9,6 milhões de euros com a hasta pública para a arrematação do direito de uso privativo de 10 cais de atracação nos canais urbanos da ria, para o exercício da atividade marítimo-turística.

Em concurso estavam 27 lugares de atracação para moliceiros e mercantéis, correspondentes a 10 cais, localizados no Lago da Fonte Nova (1), Doca do Côjo (1), no Canal Central (7) e no Cais dos Botirões (1), com valores base de licitação entre os 200 e os 350 mil euros, para a ocupação no período de cinco anos, de 2025 a 2029.

Segundo fonte da Câmara, foram arrematados todos os cais, pelo valor global de 9.605.000 euros, o que representa quase o dobro do resultado da última hasta pública, realizada em 2019, com o mesmo número de cais e embarcações, quando entraram nos cofres do município 5,4 milhões de euros.

Os valores obtidos, de acordo com a autarquia, serão investidos em obras de reabilitação das comportas do Canal de São Roque, para a construção do novo lago no topo do Canal de São Roque, qualificação das pontes pedonais, aumento da cota do sistema de eclusas e comportas, manutenção e limpeza de fundos e pinturas dos muros dos canais e trapiches. Está ainda previsto requalificar a rua Clube dos Galitos e construir uma nova ponte rodoviária no Canal das Pirâmides.

As condições do procedimento estipulam que os operadores marítimo-turísticos têm de substituir os motores de combustão por motores elétricos nas embarcações até ao final do próximo ano, para não perderem o direito à licença.

A autarquia espera que a conversão dos motores de combustão dos 27 barcos moliceiros e mercantéis para 100% elétrico venha a ter um contributo muito importante na cidade para uma mobilidade mais sustentável, com uma redução anual estimada de 400 toneladas de CO2.

Outras das novidades nas regras para a atribuição das licenças é o facto de as empresas que mudem de dono ou cuja estrutura societária se altere em mais de 50% perderem o direito ao cais, a obrigação dos guias terem formação, que será administrada todos os anos, no mês de janeiro, pela câmara, e a fixação das cores das fardas por cais.

Novembro 12, 2024 . 21:54

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