Câmara de Aveiro favorável a unidade de metano em Eirol mas quer outro gasoduto
A Câmara Municipal de Aveiro aprovou hoje dar parecer favorável para que a Mota Engil Bioenergy construa uma unidade de produção de metano em Eirol, mas sugere outro traçado para o gasoduto.
Apesar do parecer favorável, “dada a premência da execução por haver uma candidatura ao Programa de Recuperação e Resiliência (PRR)”, segundo as palavras do presidente da Câmara, Ribau Esteves, a autarquia coloca questões relativas ao traçado do gasoduto a ser instalado.
A nova unidade, à semelhança do que foi feito no aterro de Taboeira para a produção de energia elétrica, irá aproveitar o metano libertado pelos resíduos, desta feita para a produção de biogás, que será injetado pelo gasoduto na rede de gás natural.
“Há uma questão a que damos especial importância que tem a ver com uma condicionante que colocamos no processo”, disse Ribau Esteves ao apresentar o assunto hoje na reunião do executivo, referindo-se ao traçado do gasoduto.
A empresa apresenta como solução fazê-lo do lado da Granja, mas a autarquia quer que o mesmo seja feito numa via a ser construída paralela à A1, e também uma conduta exclusiva para as águas residuais do TNB.
Trata-se de uma nova estrada, prevista no Plano Diretor Municipal, sensivelmente pelo trajeto de um caminho existente junto à vedação da autoestrada) que unirá a rotunda do TMB à antiga EN230.
“Queremos acabar com os problemas que têm acontecido de aparecerem na zona urbana de Horta e Carcavelos os efluentes da ETAR do TNB e o
que vimos dizer é que, em vez de se ponderar o gasoduto para o lado da Granja, deve usar-se essa via nova para enterrar o gasoduto e conduzir o metano a ser injetado”, defendeu o autarca.
Perante algumas reservas apresentadas por Fernando Nogueira, do PS, por não estar garantido o traçado pretendido para o gasoduto, Ribau Esteves sublinhou que o parecer era apenas sobre a unidade de produção de gás e quanto a essa há razões para aprovar.
“Não temos nada contra, é melhor do que o metano estar a ir para a atmosfera, em termos ambientais, e o nosso parecer é positivo, chamando a atenção para as várias condicionantes, com várias entidades que terão de ser ouvidas no processo”, disse.
Os vereadores do PS acabaram por votar favoravelmente pelo que o parecer foi aprovado por unanimidade.