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Empresa quer criar central de produção de biogás em Eirol

A empresa Mota Engil Bioenergy quer construir uma unidade de produção de biogás metano em Aveiro, na unidade de tratamento mecânico-biológico de Eirol

A empresa Mota Engil Bioenergy está interessada na construção de uma unidade de produção de biogás metano no concelho de Aveiro, no interior da unidade de tratamento mecânico-biológico (UTMB) de Eirol, revelou o presidente da Câmara na reunião pública da vereação desta quinta-feira.

A companhia, dona do grupo EGF, dona da ERSUC, que explora a UTMB, apresentou um requerimento à autarquia solicitando parecer favorável à localização do equipamento, que, nas palavras de Ribau Esteves, «é parecido com o que existe no aterro sanitário de Taboeira», cujas células produzem gás que é recolhido e ao qual é tirado proveito energético.

O município deu parecer positivo mas o autarca ressalvou que nesta fase está apenas em causa a proposta de localização da estrutura no perímetro da UTMB. A Câmara, adiantou, não tem para já «nenhum processo de licenciamento em mãos».

Não pondo em causa o valor do projeto, Fernando Nogueira, vereador do PS, defendeu que a emissão de parecer favorável deveria ser «condicionada», uma vez que, entre outras razões, falta obter pareceres de várias entidades. O processo não parece nesta fase suficientemente «robusto» e parece haver «pressa» de lhe dar um andamento rápido dado que a intenção da empresa é submeter o projeto a financiamento do PRR. Ainda assim, o partido da oposição acabou por dar o seu voto favorável.

Ribau Esteves, da coligação PSD/CDS, assinalou que o processo está numa fase embrionária e que carece da auscultação e aprovação de diversas instituições, entre elas a Reserva Ecológica Nacional, a Agência Portuguesa do Ambiente ou a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro.

Uma questão que a autarquia quer ver acautelada diz respeito ao traçado do gasoduto. «Há uma questão a que damos especial importância que tem a ver com uma condicionante que colocamos no processo», vincou, explicando que o município pretende que a conduta seja instalada numa via a ser construída em paralelo à A1.

Em causa, clarificou, está uma nova estrada prevista no Plano Diretor Municipal seguindo pelo trajeto de um caminho existente junto à vedação da A1, ligando a rotunda da UTMB à antiga EN230. «O que vimos dizer é que, em vez de se ponderar o gasoduto para o lado da Granja, deve usar-se essa via nova para enterrar o gasoduto», afirmou.

A Câmara quer também ver garantida uma conduta exclusiva para as águas residuais da UTMB. O objetivo é «acabar com os problemas que têm acontecido de aparecerem os efluentes da ETAR da UTMB na zona urbana de Horta e Carcavelos».

Novembro 16, 2024 . 08:15

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