Novo livro de Correia de Campos é «serviço público»

“Memórias II - Do Pânta­no à Pandemia” A Sala do Senado, no Edifício Central da Reitoria da Universidade de Aveiro (UA), de cujo Conselho de Curadores é membro, foi o “palco” da apresentação do mais recente livro de António Correia de Campos. Editado pela Editorial Caminho, “Memórias II - Do Pântano à Pandemia” completa o projeto memorialístico do autor, que já foi ministro e secretário de Estado da Saúde, cobrindo as duas primeiras décadas do século XXI (começa em 2002, altura em que António Guterres se de­mitiu de primeiro-ministro, e termina em 2022, em plena crise pandémica). Recorde-se que o também ex-deputado à Assembleia da República e do Parlamento Europeu já havia publicado “Memórias I - De Viseu até ao II Governo de Guterres”, sendo estes dois volumes, na ótica do editor Zeferino Coelho, presente na sessão que ontem teve lugar na UA, «literatura que faz imensa falta» nos tempos de hoje. Neles «não encontramos ideias vagas», não há «conversa a mais», sublinhou o fundador da Caminho.
Escrito num estilo fluente e fácil, “Memórias II - Do Pânta­no à Pandemia” é um relato atual e próximo da vivência do leitor comum, das políticas nacional e europeia, com particular enfoque nas áreas sociais em que Correia de Campos foi um privilegiado observador participante.
Aliás, Carlos Jalali disse que a obra permite-nos, precisamente, «revisitar o século XXI pela lente de um observador privilegiado, atento, crítico e com sentido de humor». Coube ao politólogo e também docente da UA, jun­tamente com Helena Nazaré, apresentar esta obra que, segundo ambos, «é, no essencial, serviço público» e nos mostra que, passados todos estes anos, «continuamos a ter a saúde no topo da agenda política». Como os dois fizeram ver: ainda há mesmo muito a fazer nesta área.
Para a antiga reitora da UA e amiga de Correia de Campos, esta é uma obra aconselhada aos estudiosos de ciência política.GN