Tribunal de Contas diz que não recebeu contrato de obra da Linha do Vouga
Em causa está a empreitada de seis milhões de euros anunciada a semana passada pelo instituto das obras públicas para o troço de cerca de 19 quilómetros entre as estações de Espinho e Santa Maria da Feira, ambas no distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto.
Nessa altura, fonte da IP indicou à Lusa que ainda não havia data precisa para arranque dos trabalhos, mas que a empreitada seria consignada à empresa FERGRUPO - Construções e Técnicas Ferroviárias S.A. «assim que seja emitido visto prévio pelo Tribunal de Contas».
Hoje, quatro dias após essa divulgação, o Tribunal de Contas corrige: «A Infraestruturas de Portugal ainda não remeteu para fiscalização prévia o contrato de renovação da Linha Férrea do Vale do Vouga, entre Espinho e Santa Maria da Feira».
No mesmo esclarecimento, o referido órgão judicial acrescenta que «só após essa remessa e a subsequente criação do respetivo processo poderá o Tribunal de Contas apreciar o contrato em causa».
A Lusa já pediu reação à Infraestruturas de Portugal, aguardando informação sobre o assunto.
A empreitada ferroviária mencionada pelas duas entidades destina-se a «melhorar a fiabilidade da superestrutura de via e garantir a fiabilidade e a normal exploração» do troço entre Espinho e a Feira – o que implicará procedimentos como «a substituição das travessas e do carril, a realização de desguarnecimento em contínuo e trabalhos de ataque mecânico pesado, tendo como fim a reposição dos parâmetros geométricos de via».