Área florestal média ardida recua 72% de 2022 para 2023 em Portugal
A área média ardida em Portugal continental, em 2023, foi de 34,5 mil hectares, um recuo de 72% face a ano na anterior, segundo um relatório hoje divulgado pela Comissão Europeia.
Segundo o relatório onde é feito o levantamento dos incêndios florestais do ano passado, o maior incêndio ocorreu na zona de São Teotónio, Odemira, com um saldo de 7,7 mil hectares ardidos.
Os dados sobre Portugal revelam ainda que, relativamente ao número de incêndios florestais, registou-se em 2023 um total de 7.523 fogos, o que representa um recuo de 46% quando comparado com a média registada na última década e um decréscimo de 28% quando comparado com o número de incêndios florestais que ocorreram em 2022 (10.390).
As regiões norte e centro de Portugal foram as mais afetadas por incêndios, no ano passado, somando 12 mil hectares de área ardida cada, segundo o relatório, e que representam, juntas, 72% do total nacional.
Os 34,5 mil hectares registados em 2023 comparam-se com o total de 110.097 mil hectares em 2022, sendo 14.057 o número médio de incêndios por dia e 125.042 as áreas na média 2013-2022).
No arquipélago da Madeira foram registados 39 incêndios em 2023 com uma área ardida total na região de 5.154 hectares, dos quais 2.068 hectares em floresta.
O estudo indica ainda que das 7.523 ocorrências registadas pela Guarda Nacional Republicana, foram investigadas 7.260, tendo sido atribuídas origens desconhecidas a 2.362 fogos.
Entre os incêndios com causa determinada, os atos intencionais (fogo posto) corresponderam a 31% e acidentes ou negligência causaram a ignição de 62% do número total de incêndios em 2023.
De acordo com o relatório Incêndios Florestais 2023, publicado hoje pelo Centro Comum de Investigação da Comissão, arderam mais de 500 mil hectares na UE, cerca de metade do tamanho da ilha de Chipre.