Cruzamento do Cruzeiro está por requalificar há anos
Diário de Aveiro: Como é que um enfermeiro, que não é de Ouca, chega a presidente da junta de freguesia (JF)?
Hugo Santos: Tenho 41 anos, nasci na Venezuela e vivo em Ouca desde 2005. Casei, vim residir para cá e fui me envolvendo na comunidade.
Como é que cheguei a presidente de junta? Olhe, iniciei o meu percurso político em 2013. Mas há toda uma história para trás, que conto muitas vezes. Penso que, em 2008 ou 2009 (não tenho a certeza), vim a uma assembleia de freguesia fazer o que acho que qualquer um deve fazer: ser um cidadão participativo. Vim queixar-me por causa de uma lâmpada apagada. Ficaram surpreendidos, porque não estavam habituados a ter público.
Quer isso dizer que é, hoje, autarca graças a “uma lâmpada”?
Não, diretamente. Mas, depois, fui convidado pela dr.ª Maria do Céu Marques que, em 2013, foi candidata à Câmara de Vagos pelo CDS-PP. Na altura, achei que podia dar o meu contributo à freguesia. Candidatei-
-me, mas não fomos eleitos.
Entretanto, em 2017, voltámos a candidatar-nos e ganhámos.
Está, então, a cumprir o segundo mandato.
Temos sete anos de executivo da JF. É óbvio que há sempre coisas que ainda não fizemos e queremos fazer. Além do mais, não podemos descurar o facto de termos vivido uma fase muito difícil (pandemia), que criou uma série de condicionantes. Inclusivamente, em termos profissionais, para mim, foi algo bastante duro. No entanto, acho que também nos deu capacidade de resiliência e adaptabilidade.
Mas, em jeito de balanço, posso dizer que, apesar de todas dificuldades financeiras, investimos nos nossos quatro cemitérios, que são uma das nossas competências.
A freguesia tem uma particularidade: cada lugar tem o seu cemitério e a sua capela. Depois, há a igreja de Ouca.
Costumo dizer que Ouca tem quatro “filhos”, com as suas necessidades próprias, às quais tentamos responder dentro do possível.
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