Projetos turísticos ajudam territórios a reinventarem-se
Os comboios históricos, entre eles o da Linha do Vouga, e as ecopistas, criadas em ramais ferroviários desativados, são duas formas de reinvenção de património e territórios, foi ontem dito nas Jornadas Internacionais de Turismo que a Câmara de Águeda organiza até hoje pela nona vez.
O despovoamento do interior levou ao encerramento de várias linhas de comboio. «Infelizmente o caminho-de-ferro perdeu importância e muita infra-estrutura foi abandonada», notou Paulo Rodrigues, da empresa pública IP Património. Vários desses troços, sem uso há décadas, «reinventaram-se» ao serem convertidos em ecopistas destinadas à circulação a pé e de bicicleta.
Atualmente, em Portugal existem 2.600 quilómetros de linhas de comboio ativas, ao passo que outros mil quilómetros não têm atividade ferroviária, correspondentes a 20 linhas desativadas. O seu reaproveitamento resultou na criação de 15 ecopistas, havendo 518 quilómetros já abertos. Outros 180 estão em projeto ou em execução - um dos projetos ligará a Mealhada, no distrito de Aveiro, à Figueira da Foz.
Uma das ecopistas já disponíveis é a do Vouga, cruzando municípios das regiões de Aveiro e de Viseu. «Lanço o desafio», comentou Paulo Rodrigues, «às duas comunidades intermunicipais para que se unam e candidatem a Ecopista do Vouga aos prémios europeus» que em anos anteriores premiaram já outros traçados portugueses.
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