Nova barragem no Rio Vouga: presidente da Câmara de Águeda diz que é um «equívoco»
O plano de construção de uma barragem no Rio Vouga, em Pinhosão, no concelho de S. Pedro do Sul, no distrito vizinho de Aveiro, em Viseu, parece ser pouco conhecido dos autarcas das margens a jusante, designadamente no município de Águeda.
O plano de construção de três novas barragens no país, noticiado esta semana pelo jornal Público, sucede a outras notícias de há quase duas décadas que já referiam Pinhosão como um ponto escolhido para a construção de uma barragem, tal como outros, visando a prevenção de secas e cheias, além da aplicação de medidas mais eficazes de gestão da água.
Neste caso, a de Pinhosão - uma de três que constam no plano - é apontada como uma barragem para proteger territórios a jusante, como é o caso do Baixo Vouga Lagunar.
Águeda inclui-se entre os teritórios nas margens do Vouga, mas o presidente da câmara, Jorge Almeida, disse, ontem, ao Diário de Aveiro, que esse é um «problema resolvido», com um «sistema à holandesa», o que passou pela execução do “Plano de Drenagem da Cidade de Águeda”, que, no primeiro inverno, de 2023, passou nos testes e evitou inundações.
Para o autarca, este plano de novas barragens «deve ser um equívoco», mas perante a informação fez um contato para o presidente da Agência Portuguesa de Ambiente, que também não esclareceu mais sobre o assunto, tendo-se referido, disse Jorge Almeida, ao Diário de Aveiro, à constituição de um grupo de estudo do plano de obras.
Além de Pinhosão, as outras duas barragens, são no Rio Guadiana e a terceira na Ribeira de Alportel.