Idosos são o principal foco de atuação da GNR no distrito da Guarda
Os idosos são o principal foco de atuação da GNR no distrito da Guarda, que é um dos mais seguros do país, afirmou hoje o comandante do Comando Territorial, no Dia da Unidade.
As comemorações, que incluíram uma cerimónia e parada militar, decorreram no Largo da Corredoura, em Celorico da Beira, no distrito da Guarda, e contaram com a presença do Comandante-geral da GNR, o tenente-General Rui Veloso.
No seu discurso, o coronel Pedro Gonçalves, comandante do Comando Territorial da Guarda, afirmou que “prestar segurança no interior não é a mesma coisa do que no litoral”.
Na Guarda, a GNR tem que “olhar para a sua comunidade e ver quais são as suas necessidades”.
“Por ser um distrito envelhecido, o nosso foco terá de estar sobretudo nos idosos, para os quais tentamos adequar os nossos modelos de atuação diária. São pessoas mais vulneráveis, não só pela sua idade, mas também porque muitos deles vivem numa situação de isolamento e solidão, que os torna alvos mais apetecíveis para quem vem por mal”, acrescentou.
De acordo com os últimos Censos Sénior, a Guarda é o distrito com mais idosos a viver sozinhos e/ ou isolados, tendo a operação da GNR registado 5.606 casos.
O coronel Pedro Gonçalves lembrou também que a Guarda é um distrito seguro: “Os índices de criminalidade assim o dizem. São reduzidos, felizmente, sobretudo se falarmos de criminalidade violenta e grave, esses então são residuais”.
Contudo, a proximidade com a fronteira espanhola exige uma “atenção especial” por parte da GNR.
“Vilar Formoso é uma das maiores fronteiras terrestres do país, por onde passam milhares de viaturas e pessoas. Este Comando Territorial está, por isso, empenhado na deteção de novos tipos de criminalidade e de pessoas que venham criar desconforto à nossas populações”, assumiu.
Quanto aos efetivos, Pedro Gonçalves realçou que “os meios humanos nunca são os que um comandante gostaria”.
“Mas posso garantir às pessoas do distrito que temos os recursos necessários para continuar a combater a criminalidade e a manter este distrito como um dos mais seguros a nível nacional. A nós, comandantes, compete-nos potenciar e rentabilizar aquilo que temos, em termos de militares e de viaturas”, acrescentou.
Já em termos de instalações, “está-se neste momento a aguardar que comece a empreitada de reabilitação do posto de Figueira de Castelo Rodrigo e estão em andamento as intervenções no posto de Almeida e de Seia, que são as instalações que mais preocupam”.