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Ventura assume responsabilidade por pendões na AR e diz desconhecer queixa na justiça

André Ventura argumentou que em causa não esteve qualquer danificação do património público, mas sim um “protesto forte

O presidente do Chega assumiu hoje a total responsabilidade pela colocação dos pendões na fachada do parlamento e garantiu não ter tomado conhecimento de qualquer denúncia no Ministério Público a propósito dessa ação.

Há um responsável que decidiu, que assumiu e que, no momento em que era preciso, deu a indicação para se avançar com esta comunicação aos portugueses de que estavam a ser roubados. (...) Fui eu, enquanto presidente do partido, que o fiz. Não há ninguém, nenhum outro membro do partido, deputado ou funcionário, a quem deva ser assacada esta responsabilidade”, disse o presidente do Chega, André Ventura, numa conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa.

André Ventura garantiu não ter conhecimento de qualquer queixa e argumentou que em causa não esteve qualquer danificação do património público, mas sim um “protesto forte, impactante”, que faz parte das regras democráticas.

O líder do Chega reagia à notícia avançada pela SIC Notícias de que foi entregue no Ministério Público uma queixa contra André Ventura, na sequência dos pendões pendurados na fachada do parlamento em protesto contra o fim do corte salarial dos políticos.

O presidente do Chega justificou que a ação surgiu num “momento limite” depois de, disse, o partido ter tentado denunciar várias vezes a situação sem que “ninguém diga nada e ninguém se preocupe”, e acrescentou que hoje voltaria a fazer o mesmo “por entender que há momentos na vida dos países e há momentos na história dos parlamentos em que não se deve ter medo, independentemente das consequências”.

“O que era certo naquele momento era que, se não o fizéssemos, uma grande parte dos portugueses não sabia o que tinha sido negociado nas suas costas”, disse, para depois criticar o que diz ter sido a desvalorização mediática deste assunto.

Ventura instou novamente o Presidente da República a remeter o fim do corte salarial dos políticos para o Tribunal Constitucional e reiterou ainda que, se assim não for, o próprio partido, através do seu grupo parlamentar, avançará com um pedido de fiscalização da constitucionalidade da medida “com toda a probabilidade”

O líder do Chega explicou que “se o fundamento da medida é o fim de todas as discriminações em relação às medidas da troika” devem, então, ser também repostos todos os restantes cortes desse período.

Dezembro 2, 2024 . 17:39

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