Associações alertam que ainda falta fazer muito para tornar sociedade inclusiva
A Confederação Nacional de Organizações de Pessoas com Deficiência (CNOD) alertou hoje que ainda falta fazer muito para tornar a sociedade inclusiva, apontando para “retrocessos a nível do respeito pelos direitos” que não podem ser aceitáveis.
No âmbito do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência que hoje se comemora, a CNOD salientou que é necessário defender “os valores de Abril, a Constituição da República Portuguesa e a Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência”.
“Neste momento, em que muito falta fazer ainda para tornar a sociedade inclusiva, assistimos a retrocessos a nível do respeito pelos direitos que não podemos aceitar”, lamentou, citada em comunicado.
A instituição afirmou que se trata de uma “luta para a conquista de direitos e a sua efetivação na vida”.
“Celebrar este dia no ano em que se comemoram os 50 anos de Abril reveste-se de um significado especial pelo que a revolução de Abril significou na vida das pessoas com deficiência. Antes da revolução de Abril as pessoas com deficiência eram encarceradas, sem qualquer possibilidade de defesa e escondidos do resto da sociedade”, recordou.
Considerando que “é preciso acabar com as guerras, máquinas de matar e de fabricar pessoas com deficiência”, a CNOD sustentou que “só em Paz se consegue viver de pleno direito numa sociedade que se quer inclusiva”.
“Inspiremo-nos nesse Abril de há 50 anos para dar força ao movimento associativo das pessoas com deficiência, pois só da sua luta resultará a concretização da sociedade inclusiva”, salientou, pedindo união “para conquistar definitivamente o fim das barreiras que impõem a desigualdade e a discriminação”.