Cortaram sete árvores para brotarem novos choupos na avenida da Vagueira
O corte de sete árvores na Av. João Vaz e Silva, na Vagueira, na passada segunda-feira, chocou os moradores dos prédios de apartamentos vizinhos que gostavam de continuar a tê-las, mas não tiveram conhecimento do objetivo da operação que visa promover o crescimento de outras a partir dos rebentos que irão despontar nos tocos. Será promovido o crescimento das novas, controlado, e «com dimensão adequada ao espaço urbano em questão, preservando, desta forma, o ambiente e a segurança das pessoas», transmitiu ontem a Câmara de Vagos ao Diário de Aveiro.
A informação que foi transmitida aos moradores - como aconteceu a Ana Martins para quem foi «chocante ver as árvores caídas» - justificava o corte com o facto das árvores se encontrarem «doentes». A câmara transmitiu que as árvores «atingiram a sua maturidade e as copas começaram a apresentar sinais de caducidade, secando e projetando ramos de grande dimensão para o passeio e estrada, com riscos para a segurança das pessoas e para a circulação automóvel». A autarquia vaguense adianta que recebeu «diversas queixas acerca desta questão».
De qualquer forma, os vizinhos vão ter de esperar algum tempo até se verificarem os efeitos desta «poda de rejuvenescimento pelo baixo e emissão de novas varas».
As árvores «criam beleza e «sentimo-nos bem», como diz Ana Martins, mas terá de esperar algum tempo voltar a conseguir o que tinha a partir do exterior da sua casa.
Para já, a imagem que se vê de sete árvores abatidas será um cenário que se manterá até ao seu crescimento. No entanto, os choupos são árvores de «rápido crescimento», daí algum sinal positivo para os moradores. Contudo, é de salientar que são de «exploração florestal e de grande porte, não sendo adequados a espaços urbanos pela dimensão da copa que interfere com as fachadas dos edifícios».
Chegar um dia a casa e ver as árvores cortadas foi «horrível», relatou Ana Martins que não encontrou sentido para o que se passou. Mas, respondendo às questões dos moradores, a câmara «não põe em causa a existência dos choupos» e daí a «poda de rejuvenescimento pelo baixo».