Consumo de azeite no Natal deve subir e preço dependente de "muitos fatores"
A Casa do Azeite perspetiva um “aumento significativo” do consumo na época natalícia e ajustamentos no preço ao longo da campanha, ressalvando que há muitos fatores que podem influenciar esta evolução.
“Esperamos que este ano o consumo de azeite aumente significativamente nesta época, entre o consumo à mesa de Natal [...] e os presentes que oferecemos àqueles de quem mais gostamos”, afirmou, em resposta à Lusa, a secretária-geral da Casa do Azeite, Mariana Matos.
Já o preço deverá sofrer “um ajustamento” ao longo da campanha, embora este seja condicionado por diversos fatores, como, desde logo, a oferta e a procura.
As vendas totais dos associados da Casa do Azeite, entre janeiro e setembro, tiveram uma quebra de 15%, relativamente ao ano anterior.
Já as exportações totais de azeite, entre janeiro e setembro, subiram cerca de 17% em volume (dados do Eurostat).
“Como os preços do azeite sofreram aumentos muito significativos durante os primeiros meses de 2024, a variação das exportações em valor é muito mais significativa, sendo o aumento das exportações em valor de cerca de 54,2%, em relação ao período homólogo”, destacou Mariana Matos.
Espanha e Itália mantêm-se como os principais mercados de destino.
O Brasil é o principal destino dos azeites embalados de Portugal. A quota de mercado dos azeites portugueses no Brasil é de cerca de 60%.
De acordo com a Casa do Azeite, o clima foi “bastante mais favorável” para esta campanha da azeitona do que na anterior.
Estima-se assim um aumento da produção entre 15% e 20% para valores que podem atingir as 180.000 toneladas de azeite.
Com atividade desde 1976, a Casa do Azeite é uma associação patronal de direito privado, que representa a quase totalidade das associações de azeite de marca embalado em Portugal.