Prisão preventiva para dois dos cinco detidos por tráfico de droga no Porto
Dois dos cinco suspeitos de tráfico de droga detidos pela PSP numa operação que decorreu em vários municípios do Grande Porto e Braga vão aguardar julgamento em prisão preventiva e um terceiro em prisão domiciliária, disse hoje fonte policial.
O Tribunal de Instrução Criminal do Porto decretou ainda que os outros dois elementos desta alegada rede terão que se apresentar semanalmente na esquadra da zona de residência.
Esta operação de combate ao tráfico de droga, que culminou na terça-feira, iniciou-se no Bairro de Ramalde, no Porto, e estendeu-se a Gondomar, Matosinhos, Maia, Vila do Conde e Braga, mas tinha o seu “grande centro operacional” em Canidelo, Vila Nova de Gaia, onde existia “um laboratório de processamento e embalamento do produto estupefaciente”, explicou hoje o porta-voz do Comando Metropolitano da PSP Porto.
Em conferência de imprensa, o subintendente Jorge Pimenta referiu que, no total, além das cinco detenções, homens entre os 24 e os 47 anos, a PSP apreendeu mais de 90 mil doses de diversos tipos de droga, nomeadamente cocaína, heroína, MDMA, anfetaminas, ecstasy, haxixe e canábis, avaliadas em “centenas de milhares de euros”.
A PSP apreendeu ainda cinco viaturas, 7.500 euros, duas prensas hidráulicas, uma arma de fogo e diverso material utilizado no processamento, corte e embalamento da droga.
A operação da Divisão de Investigação Criminal da PSP do Porto iniciou-se em março, no bairro de Ramalde, e proliferou a outros municípios do Grande Porto e Braga.
A investigação culminou na terça-feira na detenção dos cinco suspeitos e realização de oito buscas domiciliárias em simultâneo.
“Havia aqui um contexto de tráfico já muito avançado”, considerou o porta-voz da PSP do Porto.
Segundo o subintendente Jorge Pimenta, “a droga era vendida ao consumidor, mas percebeu-se no decorrer da investigação que havia aqui uma rede de tráfico e, portanto, um bocadinho mais acima do tráfico de rua”.
“A partir daí desencadeamos este processo que culminou com a apreensão de aproximadamente 90 mil doses de produto estupefaciente”, frisou.
Os detidos, já referenciados pela PSP pelo mesmo tipo de crime, um dos quais, o alegado líder da rede, já tinha cumprido pena de prisão, “são todos portugueses, todos homens entre 24 e 47 anos, de várias cidades da Área Metropolitana do Porto”.
“Esperamos que a rede já esteja desmantelada e que consigamos, de alguma forma, debelar este crime que é tão peculiar e que afeta tanto a população, uma vez que sabemos que o tráfico de estupefacientes normalmente está associado a outro tipo de criminologia, particularmente crimes contra a propriedade”, acrescentou.