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Emprego e salário médio no setor cultural tiveram ligeiro aumento em 2023

No ano passado o emprego cultural foi estimado em 201 mil pessoas

Cerca de 201 mil pessoas trabalhavam no setor cultural e criativo em 2023 e ganhavam em média 1.497 euros de remuneração mensal bruta, um valor superior ao do ano anterior, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

O relatório anual estatístico de Cultura de 2023, divulgado pelo INE, indica que no ano passado o emprego cultural foi estimado em 201 mil pessoas, um valor ligeiramente acima dos 190.600 trabalhadores contabilizados em 2022, representando 4% do emprego total.

Quanto à remuneração bruta mensal média por trabalhador, estimada nos 1.497 euros, representou um aumento de 5,7% em relação a 2022, ano em que o rendimento médio se estimou em 1.417 euros.

Nas empresas do setor cultural e criativo destacaram-se as atividades de edição de jogos de computador, com a maior remuneração bruta total mensal média por trabalhador, que rondou os 3.170 euros.

A menor remuneração bruta mensal média por trabalhador foi observada nas atividades de aluguer de videocassetes e discos, com uma média mensal de 826 euros.

Outro aspeto destacado no relatório diz respeito ao facto de a maior parte da população empregada neste setor ser constituída por homens (54,2%, contra 45,8% de mulheres).

Esta discrepância verifica-se mesmo em comparação com a população empregada total, em que, apesar da predominância masculina, a diferença não é tão grande (50,8% de homens e 49,2% de mulheres).

O relatório do INE revela também que a maioria das pessoas empregadas neste setor tinha o ensino superior completo (57,4%), e demonstra que esta população se “caracteriza por ser mais escolarizada do que a população empregada total, em que apenas 32,4% tinha concluído aquele nível de ensino”.

No que respeita às idades, mais de metade das pessoas empregadas na área cultural e criativa (55,2%) estava abaixo dos 45 anos.

Em 2023, as câmaras municipais tiveram uma despesa total de 684,8 milhões de euros em atividades culturais e criativas, ou seja, gastaram mais 102,8 milhões de euros (um aumento de 17,7%) do que em 2022.

Por outro lado, as despesas em atividades culturais e criativas representaram 5,7% no total do orçamento dos municípios em 2023, ligeiramente acima dos 5,5% em 2022.

As artes do espetáculo absorveram 190,9 milhões de euros, 27,9% do total, destacando-se os espetáculos de música (31,1%), construção e manutenção de recintos de espetáculos (26,5%), multidisciplinares (17,2%) e teatro (11,5%).

No que diz respeito às publicações periódicas, em 2023 a circulação total (que inclui o total de vendas, assinaturas e ofertas das publicações periódicas impressas e eletrónicas) foi de 789,4 milhões, tratando-se a grande maioria (61,8%) de jornais e a restante (38,2%) de revistas.

Já as receitas e despesas das publicações periódicas, atingiram 217,9 milhões de euros e 167,2 milhões de euros, respetivamente, sendo que as receitas tiveram como principal origem a circulação paga (59,5%) e a publicidade (37,8%).

No mesmo ano, 42,9% das publicações periódicas foram difundidas em papel e formato eletrónico simultaneamente, 42,1% só em papel e 15% foram difundidas apenas ‘online’.

A grande maioria dos utilizadores de internet (79,7%), pessoas entre os 16 e os 74 anos, leram notícias em jornais e revistas ‘online’ ou noutros ‘sites’ de informação.

Nos três meses anteriores ao inquérito do INE, 72,6% das pessoas ouviram música através da internet e 47,4% viram televisão ‘online’, registando um ligeiro aumento relativamente ao ano anterior.

A proporção de pessoas que jogaram através da internet ou descarregaram jogos foi de 36,8%, ligeiramente abaixo do registado em 2022.

No que respeita ao comércio eletrónico de produtos e serviços culturais, destacaram-se a compra de filmes e música (produtos físicos e digitais, assim como ‘streaming’), indicado por 45,3% dos utilizadores de internet, e a aquisição de bilhetes para eventos culturais e desportivos, referida por 41,3% dos utilizadores.

Em 2023, o cinema contabilizou 542,6 mil sessões (mais 6,4% do que em 2022) com 12,3 milhões de espectadores (o que traduz um aumento de 28%) e 72,9 milhões de euros de receitas de bilheteira (um acréscimo de 31,7%).

Quanto aos museus, receberam 18,1 milhões de visitantes (mais 14,7% do que no ano anterior), dos quais 8,6 milhões foram estrangeiros (que representaram um aumento de 12,7%).

Dezembro 7, 2024 . 15:00

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