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Lisboa acolhe a quinta edição do festival de cinema dedicado à tristeza

Festival vai decorrer de 12 a 15 de dezembro no cinema Fernando Lopes e na sala Fórum Lisboa

O festival de cinema Triste Para Sempre, dedicado a essa “coisa muito, muito complexa e muito vasta” chamada tristeza, cumpre a quinta edição a partir do dia 12, em Lisboa.

Este festival, temático, independente e de pequena dimensão, vai decorrer de 12 a 15 de dezembro no cinema Fernando Lopes e na sala Fórum Lisboa, com filmes que tanto podem ser uma “ode aos amigos” como causarem um “aperto no peito”, como refere a programação.

Depois de vários anos a sermos voluntários em festivais de cinema, reparámos que, de todos os temas que se abordavam, havia um que não se repetia tanto que era a tristeza. Acabámos por pegar nisto a sério e percebemos que o próprio conceito de tristeza é uma coisa muito complexa, não é apenas tragédia, uma morte. A tristeza é uma coisa muito, muito complexa e muito vasta”, contou Carolina Serranito, programadora, à agência Lusa.

O Triste Para Sempre, criado em 2019, é feito sobretudo de curtas-metragens, mas este ano começa e acaba com longas-metragens: a abertura é com o documentário “Alma Ansiana”, de Helen Aschauer e Fábio Mota, sobre o quotidiano de idosos no Porto, em Havana e em Viena, e no encerramento estará “Os demónios do meu avô”, animação de Nuno Beato.

Sendo a quinta edição, [o festival] tem-nos trazido cada vez mais temas, reflexões, ideias, histórias”, disse Carolina Serranito, elogiando ainda o cinema português pela forma como explora as “narrativas tristes” e as leva para “sítios muito sensíveis e delicados”.

As curtas-metragens selecionadas, entre obras portuguesas e estrangeiras, são apresentadas com um tema comum, como o “Terras Fantásticas”, dedicado à fantasia, ou “filmes que não são realistas”, como “Era uma vez no apocalipse”, de Tiago Pimentel, e “Pai”, de Edgar Feldman.

Isolamento, Abandonamento e Exclusão” é o título de uma sessão em que figuram “Nobody”, de Marcela Jacobina, “As cores do luto”, de Mariana Lima Mateus, “Unseen Eyes”, de Natxo Leuza, e “Raticida”, de João Niza Ribeiro.

Passamos sempre sessões sobre o luto, dramas familiares, sobre saudade. Isto altera tudo consoante os filmes que recebemos; juntar filmes sobre sair da infância, começar a ser adulto, começar a sentir alguma rejeição, sobre integração ou não integração”, elencou Carolina Serranito.

Em cada edição, o festival atribui os prémios Lágrima Nacional e Lágrima Internacional.

Dezembro 7, 2024 . 11:00

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