Monumento de Siza Vieira é «um privilégio» para Aveiro
É «um privilégio» para Aveiro que «a única obra de arte pública de Siza Vieira no mundo» esteja instalada na cidade, tratando-se de um monumento com um «valor histórico inestimável» e que se assumirá como «um atrativo turístico que irá contribuir para a estratégia global de promoção do município». As críticas violentas à peça evocativa da antiga muralha de Aveiro foram assim rebatidas pelo presidente da Câmara, Ribau Esteves, durante a cerimónia de inauguração da obra de requalificação da zona envolvente à Sé. Não foi possível escutar o arquiteto português de 91 anos, que projetou a obra e o monumento, uma vez que, ao contrário do anunciado, esteve ausente por razões de saúde. Nunes da Silva, em representação do gabinete de Siza Vieira, limitou-se a um comentário lacónico. «O que o arquiteto gostaria de dizer é obrigado à cidade e à Câmara», disse.
O autarca da coligação PSD/CDS expressou «respeito pelas diferenças de opinião» mas sustentou que o monumento, com 10 metros de altura colocado no interior da rotunda da Sé, foi concebido por «um dos maiores arquitetos do país e do mundo» e contribuirá para o «aumento da auto-estima» de Aveiro, perspetivando que será uma obra muito visitada.
A empreitada, que no total implicou um investimento camarário superior a um milhão de euros, contribui para «a valorização da história e do património» locais, notou Ribau Esteves. O monumento evoca a torre em que se situava a Porta do Sol, uma das entradas da então vila muralhada de Aveiro, tendo sido construído em pedras de calcário de Sintra depois de inviabilizada a ideia original de usar pedra de Eirol.
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