Presidentes de Teatro Nacional D. Maria II e do Opart vão ser reconduzidos
Os presidentes dos conselhos de administração do Teatro Nacional D. Maria II e do Opart, em Lisboa, vão ser reconduzidos para novo mandato de três anos, anunciou hoje a ministra da Cultura, Dalila Rodrigues.
“Na reabertura do Teatro Camões [em Lisboa] ao público [em outubro] tive a oportunidade de informar o presidente do D. Maria que continuaria em funções”, afirmou Dalila Rodrigues, durante uma audição na comissão parlamentar de Cultura, quando questionada sobre a situação daquele teatro nacional, cujo conselho de administração tem um vogal em falta e está em gestão desde 1 de janeiro.
A ministra acrescentou ainda que “tanto o Opart como o Teatro Nacional Dona Maria se vão manter em funções, já lhes foi comunicado atempadamente, para que não haja falta de estabilidade”.
Assumindo que “está em falta a nomeação de um elemento [do conselho de administração]” do Teatro Nacional D. Maria II, a ministra revelou que “tem havido um diálogo profícuo dos elementos em funções para ser encontrada a pessoa com o perfil em falta”.
Dalila Rodrigues disse ainda não entender “por que é que essa decisão não foi tomada” pelo seu antecessor.
“O Governo anterior poderia ter nomeado a direção do D. Maria II, já que se apressou tanto a nomear uma nova presidente para a Fundação CCB”, afirmou em referência à nomeação de Francisca Carneiro Fernandes, que assumiu funções como presidente do Centro Cultural de Belém em 01 de dezembro do ano passado e foi exonerada do cargo em 29 de novembro deste ano.
Rui Catarino assumiu a presidência do Conselho de Administração do Teatro Nacional D. Maria II em 1 de julho de 2022, substituindo no cargo Cláudia Belchior, que pediu renúncia por sentir que “foram completados” os objetivos a que se propôs.
Licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa, e pós-graduado em Gestão Cultural nas Cidades pela INDEG Business School/ISCTE, Rui Catarino era vogal do conselho de administração do D. Maria II desde 2016, sendo professor na Escola Superior de Teatro e Cinema desde 2008.
O Teatro Nacional D. Maria II está fechado para obras desde 2023, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e deverá reabrir no final do primeiro trimestre de 2026, segundo o diretor artístico, Pedro Penim, em declarações à Lusa em novembro.
Localizado na Praça D. Pedro IV, o Rossio de Lisboa, o teatro nacional está a beneficiar de "uma profunda intervenção, que envolve a renovação e o restauro de várias áreas [...], incluindo espaços públicos, técnicos e de bastidores".
Desde o encerramento, o D. Maria II tem vindo a desenvolver o programa Odisseia Nacional em parceria com mais de 90 concelhos de todas as regiões de Portugal continental e ilhas.
O Conselho de Administração do Organismo de Produção Artística (Opart), que gere o Teatro Nacional de São Carlos, a Companhia Nacional de Bailado (CNB) e os Estúdios Victor Córdon, é presidido por Conceição Amaral, contando com Rui Morais e Sofia Meneses como vogais, e terminando o atual mandato no final deste ano.
O edifício do São Carlos encerrou em agosto, para obras no âmbito do PRR, prevendo-se que fique fechado até ao segundo semestre de 2026.
Já o Teatro Camões, também é Lisboa, residência da CNB, reabriu em outubro, depois de obras de recuperação no âmbito do PRR.