Gulbenkian financia em 1,5 ME projeto com a UP para barco autónomo não poluente
A Fundação Calouste Gulbenkian e a Universidade do Porto (UP) assinam, na segunda-feira, um contrato de 1,5 milhões de euros para um projeto de produção de combustíveis não poluentes para pequenas embarcações, informaram hoje as instituições.
Em causa está o projeto GREENSHIP_E, que visa desenvolver um protótipo "que combina tecnologia de produção e armazenamento de hidrogénio a bordo com um sistema inteligente de eletrificação, baseado em IA [Inteligência Artificial], especialmente concebido para barcos de pesca e recreio".
"O projeto GREENSHIP_E-Eletrificação de navios com combustíveis ecológicos e tecnologias avançadas contará com um apoio de 1,5 milhões de euros da Fundação Calouste Gulbenkian", pode também ler-se no comunicado conjunto da Gulbenkian e da UP.
De acordo com o texto, o projeto poderá permitir elevar "para um novo patamar a tecnologia de propulsão marítima livre de emissões de carbono à disposição da indústria naval, em particular das embarcações recreativas e de pesca que constituem a esmagadora maioria da frota nacional".
As entidades acreditam que "o desenvolvimento desta solução tecnológica constituirá [...] um passo significativo na descarbonização do setor marítimo, área de grande importância estratégica para Portugal".
Concretamente, o protótipo de embarcação autónoma deverá ser "capaz de produzir a bordo o hidrogénio verde que alimentará a célula responsável pela sua propulsão, bem como de distribuir a energia gerada de forma inteligente".
"O GREENSHIP_E parte de uma base sólida de conhecimento e experiência acumulados, envolvendo uma equipa interdisciplinar composta por investigadores de quatro unidades de I&D da FEUP (CEFT, LEPABE, e LSRE-LCM, que formam o laboratório associado ALiCE), para além do SYSTEC e do INESC-TEC", conclui o comunicado.
A cerimónia de assinatura vai acontecer pelas 15:30 de segunda-feira na Reitoria da Universidade do Porto, e tem a presença prevista do presidente do Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian, António Feijó, e do reitor da Universidade do Porto, António de Sousa Pereira.