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UA desenvolve tecnologia menos invasiva para detetar Cancro da Próstata

A Universidade de Aveiro desenvolveu uma tecnologia a partir de amostra da urina que permite detetar o cancro de forma menos invasiva. Este diagnóstico possibilita a redução de custos

A Universidade de Aveiro desenvolveu em conjunto com uma equipa de investigadores e professores do Instituto de Materiais de Aveiro (CICECO) e o Departamento de Química, composto por Matheus Pereira, Ana Catarina Sousa, João Coutinho e Mara Freire, uma tecnologia à base de líquidos iónicos que permite a extração, purificação e concentração simultâneas de um biomarcador do Cancro da Próstata (antigénio específico da próstata, PSA) a partir de amostra da urina. Este indicador é utilizado na monitorização deste cancro, que é o segundo mais comum em homens, bem como em outras doenças associadas à próstata, através de amostras de sangue, tornando-se, por isso um método menos invasivo.

O diagnóstico eficiente e precoce, realizado através de estratégias integradas, possibilita a redução de custos associados que, na Europa, estima-se ultrapassar os 8,43 biliões de euros, tendo em conta quem houve um aumento de novos casos anuais de 1,4 milhões, em 2020, prevendo o acréscimo para os 2,9 milhões, em 2040.

De acordo com Mara Freire, a «deteção de biomarcadores tumorais em amostras de urina evita a utilização e recolha de amostras mais invasivas, como é o caso de sangue ou tecidos», porém, a «sua identificação e quantificação são dificultadas pelo facto dos biomarcadores existirem em baixas concentrações e porque as matrizes biológicas são sempre muito complexas, exigindo que se realize um tratamento prévio das amostras» justificou a investigadora. Ainda assim, «a tecnologia desenvolvida permite extrair, purificar e concentrar PSA a partir da urina», permitindo utilizar «equipamento mais expedito e menos dispendioso que os imunoensaios atualmente utilizados», informou, acrescentando que este método versátil «pode ser customizado por alteração do líquido iónico utilizado, permitindo assim a deteção e quantificação de outros biomarcadores tumorais visando o diagnóstico precoce de outros tipos de cancro».

Protegida por patente nacional, consagrada através da UACOOPERA, estrutura responsável pela interface da UA com o exterior, prestando apoio as diversas atividades de cooperação com a sociedade, esta tecnologia permite ultrapassar uma das grandes limitações associadas ao uso de biomarcadores que reside na sua baixa concentração em fluidos biológicos e consequentes dificuldades na quantificação dos mesmos.

Dezembro 14, 2024 . 11:00

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