A equipa que ajuda os que descem «ao fundo do poço»
Os problemas das adições são como doenças crónicas com as quais «é preciso saber viver», com auxílio de ferramentas que serviços como o Centro de Respostas Integradas (CRI) ajudam a providenciar, diz o seu coordenador, Emídio Abrantes. Os técnicos da instituição, cuja Equipa Técnica Especializada de Tratamento de Aveiro funciona em São Bernardo, foram decisivos no percurso de recuperação de Joaquim, assume este homem de 42 anos.
Este aguedense de Barrô foi um dos utentes do CRI que ontem compareceram no convívio de Natal que a equipa de profissionais, entre médicos, enfermeiros, psicólogos ou assistentes, organiza anualmente reunindo quem trata e quem é tratado de problemas de toxicodependências.
As visitas de Joaquim são agora muito espaçadas. No início, contou ontem ao Diário de Aveiro, era visto uma vez por semana. Mas as consultas com a psicóloga e com a médica foram tendo intervalos cada vez maiores. «Este trabalho de acompanhamento foi muito importante, e continua a ser», admite.
O seu contacto com as drogas teve início «aos 28, 29 anos». «Começou nas festas, para me divertir», descreve. Do haxixe passou para drogas sintéticas e depois para drogas duras. «O meu verdadeiro vício era a heroína», relata. «Quando dei por mim estava completamente viciado».
«Aos 35 anos», conta, «estava completamente agarrado mas dizia para mim próprio que parava quando quisesse. Era mentira». Joaquim diz que se iniciou nas drogas por sua «livre e espontânea vontade». As más influências vieram depois. «Quando queria deixar ofereciam-me mais».
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