Presépio vareiro ganha vida através de mecanismos elétricos
No auge dos seus 71 anos, José Maria Costa, conhecido em Ovar como o filho do saudoso “Costinha”, figura incontornável do Carnaval vareiro, continua a surpreender os miúdos e graúdos com o seu talento artístico, direcionado para a recriação de memórias, por via da construção de presépios artesanais estáticos e movimentados, áreas urbanas e tradições locais, como as procissões e arte xávega.
Com a chegada da magia natalícia, as referências cristãs dão uma nova vida ao Largo da Família Soares Pinto, no coração da cidade, com a exposição do presépio de José Maria Costa, que está aberto à comunidade, entre as 10 e 12 horas e as 15 e 20 horas, até ao Dia de Reis, a 6 de janeiro.
A imortalização da arte no tempo
Dedicado ao comércio do aço e ao Carnaval, José Maria Costa viveu mais de metade da sua vida parcialmente afastado das artes tradicionais, uma vez que a figura paterna fazia questão de ensinar algumas técnicas de montagem de peças e adereços que compunham os presépios. Ainda antes do falecimento do pai, em 2015, e após a entrada na idade da reforma, a «título de brincadeira», o vareiro começou a dedicar o seu tempo às restaurações de materiais, período que evoca um dos conselhos do pai, ao dizer-lhe que: «Quando deres conta, estás durante a noite a pensar em ideias para aplicares nos teus trabalhos». E assim foi, sobretudo porque «existem dias em que não há imaginação», disse.
Para continuar a ler este artigo
nosso assinante:
assinante: