Técnicos Auxiliares de Saúde exigem transição de carreira
Diário de Aveiro: Em Portugal, estima-se que existam cerca de 150 mil Técnicos Auxiliares de Saúde (TAS) no setor público e privado. Apesar da importância crucial nos cuidados dos doentes, ainda se considera que estes profissionais sejam os “invisíveis da saúde”? Este é um número razoável para combater as necessidades?
Adão Rocha: Antes de mais, quero salientar que, dos 150 mil Técnicos Auxiliares de Saúde, cerca de 24 mil estão inseridos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), completando o seu terceiro maior grupo. Porém, enquanto parceiros essenciais nos cuidados de saúde, somos o último degrau do escadote relativamente a outros profissionais, o que dificulta a posição quando este número de profissionais não se torna razoável nas respostas às necessidades. Existem, inclusive, profissionais abrangentes a quase todas as Unidades Locais de Saúde (ULS) a fazerem turnos a dobrar, o que implica um trabalho de 12 a 14 horas por dia, e às vezes 18 horas, manifestando a grande falha dos Recursos Humanos e do SNS em todas as vertentes.
Só somos considerados “invisíveis da saúde” para a tutela e administrações hospitalares, pois as pessoas que precisam dos nossos cuidados sabem o quão necessários somos em cada serviço que exercemos. A comunicação social, por sua vez, só há pouco tempo é que nos começou a ouvir e, consequentemente, a dar voz aos problemas, sobretudo os órgãos regionais, uma vez que os restantes destacam, sobretudo o trabalho dos médicos e enfermeiros.
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