Alunos da UA são solistas selecionados no Festival Itinerante de Percussão
Dois estudantes de percussão da Universidade de Aveiro (UA), João Pedro Lourenço e Afonso Henriques Primo, foram selecionados para se apresentar a solo no final deste mês, na 5.ª edição do Festival Itinerante de Percussão (FIP), que se vai realizar em Braga. Promovido pela Arte no Tempo, estrutura dedicada à arte musical contemporânea, com sede em Aveiro e financiada pela Direção-Geral das Artes, o FIP é uma iniciativa de Diana Ferreira, antiga aluna da UA e diretora daquela estrutura, e de Mário Teixeira, antigo docente do Departamento de Comunicação e Arte e solista do Remix Ensemble Casa da Música.
Criaram o certame em 2018, congregando alunos e professores das sete instituições de ensino superior portuguesas com oferta formativa na área da Percussão, num trabalho conjunto de exploração e criação de novas obras para aquela área instrumental.
A cada edição, que decorre sempre no período de 27 a 30 deste mês, participam sete percussionistas profissionais (docentes do ensino superior), provenientes de cada uma das sete escolas, apresentando-se em palco a solo, em recitais partilhados e dando formação.
Trazem consigo três estudantes das respetivas instituições, que serão divididos por três septetos e trabalharão, sob a orientação dos professores, na preparação e estreia de três obras criadas para o efeito por diferentes compositores portugueses. Em paralelo, os mesmos alunos participam em aulas de aperfeiçoamento em diferentes áreas instrumentais da percussão, abertas a todos os percussionistas, incluindo alunos do curso secundário de música, e orientadas pelos restantes professores.
Este ano, pela primeira vez, motivada pelo elevado nível de um crescente número de percussionistas, a direção do FIP abriu aos jovens a possibilidade de se apresentarem em palco em recitais divididos com os músicos profissionais.
De entre as propostas recebidas, destacaram-se, «pelo interesse artístico do programa e pela qualidade técnica e musical dos proponentes», as de João Pedro Lourenço, aluno do 2.º ano do mestrado em Música, que chegou à UA seguindo o professor Nuno Aroso, com quem havia já completado a licenciatura noutra instituição, e de Afonso Henriques Primo, aluno do 1.º ano do mestrado em Ensino de Música, que também completou na Universidade de Aveiro a sua licenciatura.
João Pedro Lourenço, que participou nos septetos da 1.ª e 3.ª edições do FIP, respetivamente em Aveiro e Porto, levará a Braga, este sábado, pelas 21.30 horas, obras de João Pedro Oliveira (1959) e de Enno Poppe (1966).
Presente em todas as edições do FIP, integrando um septeto nas edições de 2023, em Castelo Branco, Afonso Henriques Primo apresentar-se-á em palco este domingo, às 21.30 horas, com dois clássicos da percussão de vanguarda, da autoria de James Wood (1953) e de Vinko Globokar (1934).
Eduardo Cardinho é o docente que este ano representará a UA, orientando uma “masterclass” de vibrafone, instrumento em que é exímio e atrás do qual se apresentará a solo, também na noite do próximo domingo.
Beatriz Alberto, Carolina Gomes e Hélder Santos são os alunos designados pelo Departamento de Comunicação e Arte para representar a classe de percussão da UA, participando na preparação e estreia dos septetos criados por Solange Azevedo (1995), João Moreira (2004) e Luís Antunes Pena (1973).
Pela primeira vez na história do projeto, a 5.ª edição do FIP decorrerá nas instalações de uma escola.
Depois de Aveiro (Centro Cultural e de Congressos, 2018), Évora (Teatro Garcia de Resende, 2019), Porto (Casa da Música, 2021), Castelo Branco (Cine-Teatro Avenida e Centro de Cultura Contemporânea, 2023), chega a Braga em 2024, onde será acolhido pela Escola Artística do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian.
O FIP conta com a colaboração do Departamento de Comunicação e Arte da UA, Academia Nacional Superior de Orquestra (Lisboa), Escola Superior de Artes Aplicadas/Instituto Politécnico de Castelo Branco, Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo /Instituto Politécnico do Porto, Escola Superior de Música de Lisboa/Instituto Politécnico de Lisboa, Universidade do Minho e Universidade de Évora e, também, seus respetivos professores e alunos.