O perfil do estudante da UA irá alterar-se
A importância crescente da requalificação e da formação ao longo da vida terá fortes impactos na oferta das universidades e na sua relação com a sociedade, assinalou ontem o reitor da Universidade de Aveiro (UA). Numa sessão pública de balanço do segundo semestre de 2024, realizada num Auditório Renato Araújo quase cheio, Paulo Jorge Ferreira comentou que a «obsolescência cada vez mais rápida da base de conhecimento» faz acelerar a «necessidade de formação ao longo da vida». Este cenário «alimenta uma espiral de procura pelo ensino superior», desafiando as instituições a reconsiderarem o seu papel e modelo de ensino.
Neste contexto, o perfil do estudante está a evoluir. Atualmente, a maioria dos estudantes da UA corresponde ao perfil típico do concurso nacional de acesso mas a tendência aponta para uma diversificação crescente. «O perfil do estudante da UA irá alterar-se». «No futuro», explicou, «com uma componente de requalificação cada vez maior teremos um perfil bastante mais heterogéneo em idades, expectativas, línguas, culturas».
O responsável alertou para a «desadequação» do modelo tradicional de ensino para responder às novas necessidades de requalificação. «Ninguém suspende nem abre um parêntesis na sua vida profissional para fazer um curso de três anos. A maioria das pessoas e das empresas farão formações mais curtas e mais orientadas para aspetos específicos», sublinhou.
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