Presidente vai deixar junta, mas não descarta assunção de outro cargo político
Diário de Aveiro: Como é que se viu nestas lides políticas?
José António Marques: Iniciei o meu percurso político em 2005. Rescindi contrato com a empresa onde trabalhava e dediquei-me a 100 por cento à minha atual atividade (sou profissional de seguros).
Um dia, em conversa com o presidente da câmara de então, José Eduardo de Matos (meu amigo), disse-lhe que se precisasse de mim para alguma coisa em termos políticos para contar comigo, porque já tinha alguma disponibilidade. E assim comecei.
Entretanto, o presidente da junta de freguesia (JF) daqui [na altura só de Beduído] adoeceu, não se tendo candidatado mais. E eu recebi o convite do José Eduardo para encabeçar uma lista.
Ao fim de cinco mandatos [três dos quais como presidente da União das Freguesias (UF) de Beduído e Veiros], que balanço faz?
O mais positivo possível. Primeiro, porque se estamos nisto é porque gostamos. Ganhámos cinco eleições [autárquicas] com maioria absoluta. O que poderemos querer mais? Costumo dizer que saímos em beleza.
Diga-nos o que têm feito para conseguir cinco maiorias.
O estar próximo das pessoas, o estar constantemente em contacto com as mesmas, o receber toda a gente sem qualquer tipo de preconceito, é fundamental.
«É fundamental». Mas não é cansativo?
Não. Até porque a minha atividade profissional também é isto. Um profissional de seguros tem, igualmente, de estar próximo das pessoas.
Além do mais, o estar em constante contacto com as pessoas faz, igualmente, com que se vá sabendo quais são as necessidades que têm em termos de arruamentos, iluminação pública, água, entre outras.
A Câmara Municipal (CM) de Estarreja está sediada na freguesia de Beduído. Como é a relação institucional?
Desde sempre existiu um acordo de cavalheiros e uma linha imaginária que delimita o perímetro da cidade. Dentro dessa área é a CM que interfere (limpeza, manutenções, etc.). Fora dela é a JF. Nunca tive problemas. A relação institucional é muito boa.
Que obra elegeria como sendo a mais marcante?
A do Largo de Santo Amaro, onde temos a capela e a Feira do Ano (15 de janeiro). Ao longo dos anos, a JF conseguiu requalificar toda aquela parte de baixo onde foram criados um jardim, a paragem dos autocarros, parque de autocaravanas, entre outros equipamentos.
Há um projeto que foi aprovado recentemente. Esse sim é o projeto da requalificação de toda a parte de cima que, à partida, será feita durante o ano de 2025.
Houve ali, naquele lugar, um grande investimento, tanto da nossa parte como da câmara, através dos contratos interadministrativos - excelente ferramenta de trabalho que a CM pôs à nossa disposição para obras que estávamos há muito tempo à espera de executar.
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