Amanhã é “Dia Aberto” a visitas no Clube Aveirense de Automóveis Antigos
No segundo sábado de cada mês, o que acontece amanhã, o Clube Aveirense de Automóveis Antigos abre as portas das suas instalações, na Rua do Loureiro, n.º 13, em Aveiro, para receber quem desejar conhecer o mundo dos carros e da mecânica, dos transportes, da competição automóvel, dos veículos militares, de trabalho e, ainda, muito do que está associado ao colecionismo. São dias para visitar a exposição e conhecer o clube, entre as 10 e as 18.30 horas, todos os segundos sábados de cada mês.
Nestes dias de porta aberta a visitas, gratuitas, verifica-se a razão do clube ter notoriedade a nível nacional e internacional, pelo historial que já tem, as iniciativas realizadas, das quais se destaca a Automobilia, o evento anual que se realiza no mês de maio.
O presidente do clube, Alberto Coelho, e o vice-presidente, Miguel Serrano, guiaram o Diário de Aveiro numa visita, da qual resultou este artigo - que também é um convite para amanhã -, enquanto Macedo Pita, também dos órgãos sociais do clube, recebe e guia os que vão chegando, ajudando a conhecer as peças expostas.
Entramos num mundo, para conhecer um passado, não muito distante, para conhecer os “automóveis antigos”, classificados assim a partir dos 30 anos de idade.
Quando o Diário de Aveiro esteve num destes “Dias Abertos”, seguimos o percurso que outras visitas faziam, misturámo-nos com os visitantes que iam chegando e saindo. Uns entram por curiosidade, há famílias com crianças, outros interessados em conhecer e alguns que aproveitam, mesmo, para conseguir uma ajuda para a recuperação de um carro antigo ou saber mais sobre o assunto. São locais, turistas, de Aveiro, de fora de Aveiro, estrangeiros de várias nacionalidades, grupos, escolas, escuteiros, pessoas de outros clubes e de instituições de solidariedade, designadamente. Chegam logo pela manhã, e o clube tem registado uma média de 100 pessoas por cada Dia Aberto.
Tanto para conhecer
Vale a pena visitar, até pelas mensagens deixadas no “livro” pelos que já passaram por lá. Os visitantes deixam relatos de boas experiências, escrevendo sobre «explicações incríveis» e sobre uma «ideia fantástica».
A direção do clube vê nestes dias um «incentivo a preservar» e a «manter o património que existe» ou, ainda, como um produto de turismo cultural, industrial e de transporte.
A abertura do clube ao público não foi uma decisão tomada logo quando este se instalou, mas com o tempo notaram que o património merecia ser divulgado. Contudo, nem todo está exposto neste espaço aberto a visitas. Outros veículos e máquinas encontram-se em vários locais da cidade. A sede já esteve em sítios distintos até ao clube, criado em 1991, chegar à Rua do Loureiro, onde há tanto para ver.
Existem os carros utilitários, militares, de trabalho, de competição, e, entre estes, o FIAT 131 Abarth, campeão mundial de ralis em 1980, conduzido por Walter Röhal e que, mais tarde, João Santos usou em campeonatos nacionais de ralis.
Conhecer os motores
Mas há muito para conhecer, entre descapotáveis, scooters, bicicletas e, entre estas, de trabalho, assim como camiões, tratores, caterpillars e, até, um guincho. Para quem nunca viu um motor fora do carro, há dois para conhecer, um a gasóleo e outro a gasolina.
Também pode estar à nossa frente uma caixa de velocidades, um sistema de travões, de embraiagem e outros componentes mecânicos. Além de carros, há equipamentos de oficina, bombas de gasolina e estação de diagnóstico antigas, sinais de trânsito e materiais de publicidade.
A visita pode continuar no primeiro andar da sede do clube para conhecer miniaturas, também de carros antigos e outros aspetos muito interessantes. Como uma miniatura de um veículo que mostra o carro “por dentro” a funcionar.
Com tudo isto, a direção apresenta um clube a promover a «preservação e enriquecimento do património automóvel e moto ao longo da história» e o seu contributo «para a evolução do estilo de vida das populações, na íntima relação homem-máquina».
É ainda uma oportunidade, uma vez por mês, para verificar a sua importância «no movimento do colecionismo automóvel e moto», que acontece desde 1991, e na «defesa e preservação do património rodoviário nacional».